Em janeiro de 2018 registou-se um aumento das insolvências com 627 empresas insolventes, mais 11 que no período homólogo de 2017 (acréscimo de 1,8%). O acumulado no primeiro mês do ano é superior aos valores registados nos últimos três anos em igual período.
Foram registadas 352 declarações de insolvência (DI), mais 54 que em 2017, o que resulta no aumento total das insolvências uma vez que os restantes tipos de ações apresentam descidas. As declarações insolventes requeridas (DIR) diminuíram 17,3% e as apresentações à insolvência pelas próprias empresas (DIA) registaram uma redução de 12,3% relativamente a 2017. Uma nota positiva para os planos de insolvência (PI) com uma variação positiva de três ações.
Lisboa e Porto são os distritos com número de insolvências mais elevado, 152 e 140 respetivamente, mas Lisboa regista uma diminuição de 16,5% enquanto o Porto apresenta um aumento de 10,2% face ao período homólogo de 2017.
Os distritos com decréscimos mais significativos em janeiro são: Ponta Delgada (menos 57,1%), Faro (menos 33,3%), Beja e Portalegre (menos 25%), Coimbra (menos 22,7%) e Leiria (menos 8,3%). No período em análise, o distrito da Horta, nos Açores, não registou insolvências. Os aumentos mais notórios registaram-se em Angra do Heroísmo (mais 300%), Guarda (150%) e Bragança (100%).
O Comércio de Veículos é o setor com maior aumento no número de empresas insolventes no primeiro mês de 2018, mais 38,9% que no período homólogo de 2017. Seguem-se os setores de: Indústria Transformadora (mais 7,5%), Comércio a Retalho e por Grosso (mais 5,3% e 5,1% respetivamente) e Construção e Obras Públicas (aumento de 5,1%). Com diminuição no número de insolvências surgem os setores de: Eletricidade, Gás, Água (menos 50%), Transportes (menos 14,8%), Hotelaria e Restauração (redução de 11,1%) e Outros Serviços (menos 7,8%).
Constituições
Em janeiro, as constituições aumentaram 15% em relação a 2017, evoluindo de um total de 4.435 para 5.099 novas empresas constituídas. Em termos acumulados, verifica-se um acréscimo progressivo desde 2016.
Lisboa apresenta o número mais significativo de constituições, com 1.758 novas empresas que representam 34,7% do total em janeiro. Este valor traduz um ligeiro acréscimo de 0,6% no peso do distrito em relação a 2017. O Porto apresenta igualmente um valor elevado (930 novas empresas), responsável por 18,2% do total de constituições em janeiro e um ganho de 0,6% face à sua posição em 2017. Braga viu constituir 386 novas empresas e subiu o seu peso no total de constituições (de 7,3% em 2017 para 7,6%). Setúbal (379 novas empresas), Faro (279 constituições) e Madeira (141 novas empresas) completam o ranking dos seis primeiros distritos com um peso respetivo de 7,4%, 5,5% e 2,8%. Aveiro e Beja foram os distritos que perderam mais peso no total nacional em janeiro; Aveiro passou de 4,8% em 2017 para 4,2% em 2018 e Beja de 1,4% em 2017 para 0,8% em 2018%.
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