Insolvências aumentam 26% no primeiro trimestre de 2024

Total de insolvências no primeiro trimestre de 2024 aumentou 26% face ao período homólogo do ano passado. As constituições diminuíram 9,2%, decrescendo de 15.568 para 14.142 novas empresas criadas nos três primeiros meses deste ano.  
 

Lisboa - 04-abr-2024

 

 

No primeiro trimestre de 2024, as insolvências apresentaram um aumento de 26% face ao período homólogo do ano passado, com um total de 1.154 ações de insolvência contra 913 registadas há um ano. O mês de março teve um ligeiro decréscimo face ao mesmo período de 2023, com 350 ações de insolvência, menos treze que no ano passado (-3,6%). 

 

 

Por tipologia de ações, o trimestre fechou com um incremento de 72% nas declarações de insolvência requeridas por terceiros (evolução de um valor absoluto de 126 em 2023 para 217 em 2024), enquanto as declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas aumentaram 108% (evolução de 145 em 2023 para 302 em 2024). Os encerramentos com plano de insolvência aumentaram 150% face a 2023, com uma evolução de seis para 15 encerramentos com plano de insolvência. No período em análise foi declara a insolvência de 620 empresas, menos 16 processos encerrados que em 2023, o que resulta num aumento de 26% no total das ações de insolvência registadas no trimestre.

 

Lisboa e Porto são distritos que apresentam valores de insolvências mais elevados, 266 e 322, respetivamente. Face a 2023, regista-se um aumento tanto em Lisboa (+26%) como no distrito do Porto (+82%). 

 

Outros distritos que também revelam aumentos no primeiro trimestre de 2024 são: Guarda (+300%); Castelo Branco (+150%); Ponta Delgada (+100%); Bragança (+40%); Braga (+40%); Angra do Heroísmo (+33%); Viseu (+ 29%); Beja (+25%); Faro (+ 19%); Santarém (+16%) e Vila Real (+11%).

 

Os distritos que apresentam decréscimo no total de insolvências no período são: Horta (-100%); Portalegre (-75%); Évora (-54%); Madeira (-33%); Leiria (-20%); Viana do Castelo (-1%) e Setúbal (-6%).

 

Por setores, os aumentos no número de empresas insolventes face a 2023 foram registados nas áreas de: Indústria Transformadora (+60%); Eletricidade, Gás, Água (+50%); Outros Serviços (+28%); Comércio a Retalho (+26%); Construção e Obras Públicas (+19%); Hotelaria e Restauração (+19%); Transportes (+17%); Comércio de Veículos (+9,4%) e Comércio por Grosso (+5,2%).  Apenas dois setores fecharam o trimestre com decréscimos no indicador das insolvências: Indústria Extrativa (-67%) e Agricultura, Caça e Pesca (-52%).

 

Constituições decrescem mais de 9% no trimestre face a 2023


Em março de 2024, face ao mesmo período do ano passado, a criação de novas empresas decresceu 31%, passando de 5.431 em 2023 para um total de 3.753 em 2024, menos 1.678 constituições no comparativo. Contudo, no total do primeiro trimestre, o decréscimo é menos significativo, com uma descida de 9,2% de 15.568 novas empresas constituídas em 2023 para 14.142 constituídas em 2024. 

 

 

Lisboa acolhe o número de constituições mais significativo, com 4.325 novas empresas (-16% face a 2023), seguida pelo distrito do Porto com 2.462 empresas (-2,6% no comparativo com 2023).

 

Outros distritos que também apresentam variação negativa face ao período homólogo de 2023 são: Évora (-16%); Vila Real (-16%); Coimbra (-16%); Portalegre (-13%), Santarém e Setúbal (ambos com decréscimos de -12%); Beja (-13%); Faro (-12%); Viana do Castelo (-9,3%); Aveiro (-4,1%); Leira (-5,8%); Braga (-2,1%) e a região da Madeira (-0,5%).

 

Com aumentos face ao ano passado evidenciam-se os distrito de: Horta (+73%); Bragança (+15%); Angra do Heroísmo (+14%); Guarda (+11%); Viseu (+6,3%); Castelo Branco (+4,9%) e Ponta Delgada (+1,6%).

 

No primeiro trimestre de 2024, os setores que apresentam uma variação positiva na constituição de novas empresas são: Indústria Extrativa (+250%); Telecomunicações (+70%) e Construção e Obras Públicas (+5,4%). Os setores com variação negativa são: Eletricidade, Gás, Água (-30%); Transportes (-29%); Agricultura, Caça e Pesca (-13,3%); Indústria Transformadora (-12%); Hotelaria e Restauração (-9,9%); Comércio por Grosso (-9,6%); Outros Serviços (-7,8%); Comércio de Veículos (-5,9%) e Comércio a Retalho (-6,4%).

 

Sobre a Iberinform


A Iberinform é a filial da Crédito y Caución que oferece soluções de gestão de clientes para as áreas financeiras, de marketing e internacional. Fornece bases de dados para a identificação de novos clientes e ferramentas que facilitam a gestão de riscos, a análise e acompanhamento de clientes ou setores. O seu serviço de informação empresarial possibilita a obtenção de relatórios de empresas em mais de 200 países ou territórios e aceder às maiores bases de dados de incumprimento bancário em Espanha, como o RAI e ASNEF Empresas.

 

Sobre a Crédito y Caución


Crédito y Caución é uma das marcas líderes em seguro de crédito interno e de exportação em Portugal, com uma quota de mercado de 24%. A Crédito y Caución contribui para o crescimento das empresas, protegendo-as dos riscos de incumprimento associados a vendas a crédito de bens e serviços. A marca Crédito y Caución também está presente em Espanha e no Brasil. No resto do mundo opera como Atradius. Somos um operador global de seguro de crédito presente em mais de 50 países. A nossa actividade consolida-se no GCO.
 

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