O total de insolvências em fevereiro baixou quase 12% face a 2022. No acumulado do ano a queda é de quase 9%. As constituições mantêm aumento, mas em fevereiro o ritmo abranda.
O mês de fevereiro encerra com um total de 326 insolvências, menos 44 que no mês homólogo do ano passado, o que traduz uma descida de 12%. Este é o valor mais baixo registado em fevereiro nos últimos três anos. Os dois meses de 2023 totalizam 692 insolvências, menos 66 que em 2022 (decréscimo de 8,7%).
Por tipologia, no acumulado do ano, há um aumento de 4% nas declarações de insolvência requeridas por terceiros face a 2022, com mais cinco pedidos e um total de 131 ações. As declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas também cresceram, totalizando 153 pedidos, mais 23 que no período homólogo do ano passado (+18%). Quanto aos encerramentos com plano de insolvência regista-se um aumento de 67% face a 2022, com cinco encerramentos com plano. No acumulado de 2023 foi declarada a insolvência de 403 empresas (encerramento de processos), menos 96 que em 2022.
Os distritos de Lisboa e do Porto são aqueles que apresentam os valores mais elevados, com 157 e 145 insolvências, respetivamente. Face a 2022, verifica-se uma diminuição tanto em Lisboa (-22%) como no Porto (-17%). Com decréscimos destacam-se, ainda, os distritos de: Guarda (-100%); Castelo Branco (-71%); Ponta Delgada (-67%); Bragança (-50%); Vila Real (-50%); Horta (-50%); Beja (-40%); Madeira (-30%); Santarém (-29%); Setúbal (-13%) e Coimbra (-3,6%). Os aumentos nas insolvências registam-se nos distritos de: Faro (+146%); Portalegre (+100%); Viana do Castelo (+75%), Évora (+57%); Leiria (+43%); Viseu (+25%); Aveiro (+18%) e Braga (+1,3%).
Fevereiro encerra com aumentos nos seguintes setores de atividade: Transportes (+44%) e Agricultura, Caça e Pesca (+27%). Com variação negativa destacam-se os setores de: Eletricidade, Gás, Água (-75%); Indústria Transformadora (-21%); Comércio por Grosso (-23%); Hotelaria e Restauração (-9,1%); Outros Serviços (-7,7%) e Comércio de Veículos (-4,2%). Três setores têm variação nula face a 2022: Comércio a Retalho (84 insolvências), Construção e Obras Públicas (115 insolvências) e Telecomunicações (uma insolvência).
Constituições baixam quase 8% em fevereiro de 2023
As constituições decresceram de 4.457 novas empresas em 2022 para 4.107 em fevereiro de 2023, menos 350 empresas em termos homólogos (-7,9%). Contudo, no acumulado, verifica-se um acréscimo face aos últimos dois anos, com 9.407 novas constituições, acréscimo de 2,7% face a 2022.
O número de constituições mais significativo verifica-se em Lisboa, com 3.082 novas empresas (+3,2%), e no Porto, com 1.520 empresas (-0,8%).
Outros distritos com acréscimos na constituição de novas empresas são: Ponta Delgada (+31%); Faro (+12%); Santarém (+11%); Beja (+9,9%); Aveiro (+8,2%); Coimbra (+8,2%); Leiria (+8,2%); Viana do Castelo (+6,2%); Setúbal (+5,8%); Madeira (+5,6%); Évora (+5,1%) e Portalegre (+1,5%). Os distritos com variação negativa são: Angra do Heroísmo (-35%); Bragança (-30%); Horta (-13%); Castelo Branco (-12%); Guarda (-18%); Viseu (-17%); Vila Real (-11%) e Braga (-0,7%).
Os setores de atividade que apresentam uma variação positiva na constituição de novas empresas até final de fevereiro são: Transportes (+98%); Eletricidade, Gás, Água (+79%), Hotelaria e Restauração (+8,6%) e Comércio de Veículos (+8,4%). Com variação negativa surgem os seguintes setores: Indústria Extrativa (-67%); Telecomunicações (-39%); Agricultura, Caça e Pesca (-26%); Indústria Transformadora (-19%), Comércio a Retalho (-18%); Construção e Obras Públicas (-3,3%); Comércio por Grosso (-2,8%) e Outros Serviços (-0,9%).
Sobre a Iberinform
A Iberinform é a filial da Crédito y Caución que oferece soluções de gestão de clientes para as áreas financeiras, de marketing e internacional. Fornece bases de dados para a identificação de novos clientes e ferramentas que facilitam a gestão de riscos, a análise e acompanhamento de clientes ou setores. O seu serviço de informação empresarial possibilita a obtenção de relatórios de empresas em mais de 200 países ou territórios e aceder às maiores bases de dados de incumprimento bancário em Espanha, como o RAI e ASNEF Empresas.
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