A crise energética sacode o mix energético

O renovado interesse pela segurança energética decorrente da invasão russa da Ucrânia impulsiona a transição energética na Europa.
 

Lisboa - 09-mar-2023

 

 

As consequências da invasão russa da Ucrânia desencadearam uma crise energética que, paradoxalmente, está a acelerar as mudanças no mix energético, no sentido de um fornecimento mais limpo. De acordo com o mais recente relatório divulgado pela Crédito y Caución, a curto prazo produzir-se-á numa maior utilização de combustíveis fósseis, mas o impacto a longo prazo será exatamente o contrário: as necessidades de segurança energética estão a empurrar já muitos países, em especial na Europa, para a adoção de energias renováveis, enquanto se reduzem os combustíveis fósseis, em especial o gás. 

 

 

O cenário de referência da Crédito y Caución parte do princípio que se produzirá um cumprimento dos diversos compromissos energéticos já anunciados pelos diferentes países e governos. “A urgência da necessidade de uma transição energética provocada pelas visíveis alterações climáticas a que se assiste em todo o mundo, obrigará os governos a cumprir os seus objetivos autoimpostos. Além disso, a necessidade de segurança energética também está a impulsionar a transição energética, em especial na Europa”, explica o relatório. 

 

De acordo com estas previsões, a procura total de energia crescerá marginalmente ao longo desta década (uns 2,7%), mas em 2050, quando os compromissos de emissões net zero sejam mais efetivos, o nível será 1,4% inferior ao de 2021. Previsivelmente, a quota dos combustíveis fósseis cairá dos atuais 66% para 36% em 2050. 

 

O relatório identifica três caraterísticas chave da transição energética em curso: primeira, a eficiência energética para dissociar o crescimento da economia mundial da procura suplementar de energia; segunda, a eletrificação que dará protagonismo no mix às energias eólica, solar fotovoltaica ou hidroelétrica; terceira, o abandono dos combustíveis fósseis quando a eletrificação não seja viável, como no transporte marítimo ou na aviação. 

 

O relatório recalca que o cenário de referência, o cumprimento dos compromissos energéticos anunciados, representa um passo importante, mas não suficiente para alcançar o cenário de zero emissões net em 2050. A possível aceleração deste processo sustentar-se-á na planificação dos poderes públicos, nos investimentos públicos e privados e no desenvolvimento de novas tecnologias para a transição a custos comercialmente viáveis.  

 

Sobre a Crédito y Caución


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