A forte deterioração dos Estados Unidos, China e Japão, principais parceiros comerciais do Vietname, afeta ao turismo, os transportes, a eletrónica, o têxtil e a agricultura do país.
A economia vietnamita cresceu 7% em 2019, graças ao aumento das exportações para os Estados Unidos que compensaram a redução da procura chinesa. O consumo privado e o investimento fixo também tiveram bons resultados, ajudados pelo rápido crescimento dos salários, pelo aumento do turismo e pela fabricação de produtos de exportação. No entanto, o desempenho económico do Vietname viu-se gravemente afetado pela pandemia de coronavírus. A Crédito y Caución prevê que o crescimento do seu PIB se reduza a 2,3% em 2020.
O contexto de desaceleração económica mundial e a forte deterioração dos Estados Unidos, da China e do Japão, principais parceiros comerciais do Vietname, estão a minar o crescimento. Prevê-se que as exportações do país, principal motor do desenvolvimento económico do Vietname nos últimos anos, sofram uma contração de 5% em 2020. Também é esperada uma redução dos investimentos e uma forte desaceleração do consumo privado até 4%, longe dos 7,3% registados em 2019.
O turismo, os transportes, a eletrónica e o têxtil encontram-se entre os setores mais afetados, não apenas pela queda das exportações. As cadeias de fornecimento do Vietname, muito vinculadas à China, viram-se interrompidas nos primeiros meses do ano. Calcula-se que mais de 40% dos bens intermédios utilizados para produzir bens vietnamitas sejam provenientes do seu vizinho do Norte. No caso do têxtil, o valor eleva-se a 60%. A agricultura também foi fortemente afetada na medida em que a China é o maior mercado de exportação de produtos agrícolas, florestais e marinhos vietnamitas.
O Banco Central reduziu as taxas de juros de referência para 4,5%, para apoiar o setor financeiro e facilitar os empréstimos a famílias e empresas. Além disso, a Administração vietnamita pôs em marcha grandes pacotes de estímulo. A dívida pública continua elevada, 53% do PIB, e prevê-se que o défice público aumente substancialmente em 2020, até ultrapassar os 5%, o que eleva os riscos de incumprimento derivados do elevado endividamento e limita o espaço fiscal.
Sobre a Crédito y Caución
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