As insolvências aumentaram 32,3% em julho face ao período homólogo de 2019, enquanto as constituições tiveram um decréscimo de 25,9%. Os primeiros sete meses do ano fecham com um total de 3.145 insolvências.
As insolvências em julho aumentaram 32,3% face ao mesmo período do ano passado, mais 111 insolvências para um total de 455. No acumulado do ano, a subida é de 8,4%, com 3.145 insolvências, mais 243 que nos primeiros sete meses de 2019, mas valores inferiores aos acumulados de 2018 e 2017.
Os distritos de Lisboa e do Porto são os que apresentam mais insolvências, 651 e 795 respetivamente. Face a 2019, verifica-se um aumento de 9,2% em Lisboa e de 8,2% no Porto. A juntar a estas duas subidas somam-se mais 13 distritos com aumentos: Angra do Heroísmo (100%), Castelo Branco (53,1%), Beja (46,7%), Faro (39,3%), Viana do Castelo (34,1%), Évora (26,9%), Ponta Delgada (22,2%), Madeira (19,4%), Santarém (18,2%), Setúbal (6,6%), Portalegre (5,9%), Braga (4,9%) e Leiria (3,4%).
O cenário é mais positivo em seis distritos que diminuem as insolvências face a 2019: Guarda (-35,7%), Coimbra (-24,3%), Vila Real (-11,1%), Bragança (-4%), Viseu (-1,4%) e Aveiro (-0,4%).
Apenas dois setores registam diminuição nas insolvências: Indústria Extrativa (-25,0%) e Construção e Obras Públicas (-6,1%). Todos os restantes apresentam subidas com destaque para as atividades de Telecomunicações (+66,7%), Hotelaria e Restauração (+25,7%), Eletricidade, Gás, Água (+16,7%), Outros Serviços (+16%), Comércio Grossista (+14,7%) e Comércio de Veículos (+13,1%).
Perdem-se 10.317 novas empresas face a 2019
A criação de novas empresas em julho sofreu uma redução de 25,9% face ao período homólogo do ano passado. O mês fechou com 2.931 constituições, menos 1.026 que em julho de 2019. O acumulado do ano apresenta um diferencial ainda mais significativo com menos 10.317 novas empresas que em 2019 (decréscimo de 32,7%).
O número mais significativo de novas constituições verifica-se em Lisboa, com 6.704 novas empresas, mas uma redução de 35,3% face ao ano passado. O distrito do Porto apresenta um total de 3.861 novas empresas, valor que traduz, contudo, uma redução de 32,4% face ao período homólogo de 2019.
Nos primeiros sete meses de 2020, todos os distritos registam decréscimos nas constituições, com as quebras mais significativas a pertencerem aos distritos de Aveiro (-45,3%), Setúbal (-37,1%), Guarda (-36,9%), Ponta Delgada (-36,2%) e Madeira (-35,4%). Angra do Heroísmo teve uma diminuição de 28,9%, enquanto Horta regista uma redução de 28,3%.
De igual forma, todos os setores têm números negativos com as descidas mais significativas a verificarem-se nos Transportes (-43,2%), Indústria Extrativa (-41,7%), Hotelaria e Restauração (-38,1%), Eletricidade, Gás, Água (-38%), Outros Serviços (-33,2%), Construções e Obras Públicas (-32,5%), Comércio de Veículos (-30,5%), Telecomunicações (-28,8%), Indústria Extrativa (-28,2%), Comércio por Grosso (-27,4%), Comércio a Retalho (-24,3%) e Agricultura, Caça e Pesca ( 22,5%).
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