Decréscimo de 23,6% nas novas constituições em 2020

A criação de novas empresas teve uma diminuição de 23,6% em 2020 face a 2019, enquanto as insolvências diminuíram 1,4%, o que pode resultar do impacto das medidas estatais de apoio às empresas que atuaram como travão no aumento deste indicador, apesar das dificuldades vividas pelas empresas no ano transato. 
 

Lisboa - 11-jan-2021

 

 

 

A constituição de novas empresas em 2020 decresceu de um total de 49.193 em 2019 para 37.589 em 2020, o que traduz uma diminuição de 23,6%. Esta descida na criação de novas empresas está relacionada com a situação epidemiológica provocada pela pandemia de coronavírus.

 

No campo das insolvências, o ano passado fechou com um decréscimo de 1,4% face a 2019 que poderá ser explicado pelo impacto favorável das medidas de apoio estatal às empresas que travaram, para já, um incremento significativo neste indicador. O ano terminou com um total de 5.000 insolvências, menos 71 que em 2019. O valor apurado em 2020 é substancialmente inferior aos números apurados no fecho de 2018 (-15,1%) e de 2017 (-20,4%). 

 

Porto e Lisboa continuam a ser os distritos com o total de insolvências mais elevado, 1.285 e 1.015 respetivamente. Face a 2019, verifica-se uma diminuição de 2,6% em Lisboa e um aumento de 4,6% no Porto. 

 

Dez distritos terminaram o ano passado com decréscimos nas insolvências: Coimbra (-27,7%), Guarda (-19,6%), Viseu (-13,9%), Aveiro (-13,7%), Portalegre (-12,1%), Braga (-7,7%), Santarém (-6,7%), Setúbal (-4,1%), Ponta Delgada (-2,6%) e, como já referido, o distrito de Lisboa (-2,6%).

 

Os aumentos nas insolvências registam-se em doze distritos: Horta (33,3%), Castelo Branco (26,3%), Vila Real (23.3%), Faro (18,6%), Viana do Castelo (17,3%), Madeira (17,1%), Évora (15%), Bragança (10,8%), Beja (6,7%), Angra do Heroísmo (5,6%), Porto (4,6%) e, por último, Leiria (1%).

 

Por setores de atividade, os aumentos nas insolvências foram registados nas áreas de Telecomunicações (33,3%), Hotelaria e Restauração (17,6%) e Outros Serviços (4%). A Indústria Extrativa e o setor dos Transportes tiveram uma variação nula face a 2019, enquanto os restantes apresentam decréscimos, com as descidas mais acentuadas a verificarem-se nos setores de: Eletricidade, Gás, Água (-7,1%), Indústria Transformadora (-7%), Comércio a Retalho (-5,3%), Construções e Obras Públicas (-4,9%), Comércio de Veículos (-2,9%), Agricultura, Caça e Pesca (-2,2%) e Comércio por Grosso (-1,8%).

 

Menos 11.604 constituídas em 2020 


Em 2020 foram criadas 37.589 novas empresas, menos 11.604 que no período homólogo de 2019, o que traduz um decréscimo de 23,6%. O número mais significativo de novas constituições verifica-se em Lisboa, com 11.912 novas empresas, e no Porto, com 6.681 constituições. Contudo, estes valores traduzem decréscimos acentuados face a 2019, de 28,6% em Lisboa e de 25,5% no Porto.

 

A maioria dos distritos apresentam descidas neste indicador sendo as mais pronunciadas nos distritos de: Setúbal (-30,5%), Angra do Heroísmo (-27,7%), Ponta Delgada (-27,1%), Faro (-26,3%), Madeira (-23%), Aveiro (-21,3%), Leiria (-19,9%), Viana do Castelo (- 19,4%), Coimbra (-18,1%), Vila Real (-15,9%), Horta (-15,8%), Braga (-15,1%), Santarém (- 15,1%), Guarda (-14,5%), Viseu (-7,6%), Beja (-6,6%), Évora (-5,8%), Bragança (-4,7%) e Castelo Branco (-0,6%). O único aumento surge no distrito de Portalegre com 310 novas empresas, mais dez que em 2019 (aumento de 6,9%).

 

Todos os setores diminuem as novas constituições. As variações mais acentuadas acontecem nos setores dos Transportes (-55,5%), Hotelaria e Restauração (-29,3%), Eletricidade, Gás, Água (-25,4%), Indústria Extrativa (-25%), Construções e Obras Públicas (-22,6%), Outros Serviços (-21,6%), Comércio de Veículos (-20,5%), Comércio por Grosso (-19%), Indústria Transformadora (-16,6%), Comércio a Retalho (-8,5%), Agricultura, Caça e Pesca (-7,4%) e Telecomunicações (-7,2%).

 

Sobre a Crédito y Caución


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