O mercado mundial de TIC continua a crescer de forma imparável. De acordo com as previsões divulgadas no mais recente relatório da seguradora Crédito y Caución, prevê-se um crescimento de 2,5% em 2017, após um incremento de 2,1% em 2016. Dito isto, em muitos países desenvolvidos, a indústria de TIC enfrenta pressão e erosão das suas margens, em resultado do aumento da concorrência, da falta de diferenciação de produto e da quebra da procura no mercado de PC tradicional. Compreeender o avanço das tecnologias e as mudanças nas condições de mercado é o desafio que se coloca às empresas de TIC. Com a chegada de novas tecnologias móveis e da Internet das coisas (do inglês, Internet of Things), a maioria dos distribuidores de TIC precisa delimitar as suas propostas de valor. Espera-se que as novas tecnologias evoluam muito, o que irá aumentar ainda mais a concorrência e os ajustamentos nos fluxos de caixa, elevando de forma drástica as probabilidades de fracasso entre as empresas do setor.
A China é o maior importador e exportador de produtos electrónico e tecnológicos. A abundante mão de obra e os incentivos à produção impulsionaram a consolidação de uma indústria que assenta na importação de componentes de alta tecnologia que são depois montados e exportados como produto final. A China responde por mais de 30% das exportações mundiais de produtos de electrónica de consumo. No entanto, durante a última década, o crescimento do número de empresas envolvidas no fabrico de componentes gerou uma concorrência feroz num setor muito exposto às flutuações dos preços dos metais e do petróleo, e que enfrenta o aumento do custo da mão de obra. Nos últimos seis meses, de acordo com o relatório da Crédito y Caución, houve uma deterioração no comportamento de pagamento das empresas chinesas.
Mais estável é o comportamento na Índia, onde este setor é uma das principais forças motrizes do crescimento económico. Representa mais de 9% do PIB do país e emprega cerca de 3,7 milhões de pessoas em 16.000 empresas. Apesar das fortes taxas de crescimento, a concorrência e a pressão sobre os preços, bem como as importações baratas continuam a constituir um desafio para o setor, especialmente para os pequenos distribuidores.
No Reino Unido, os serviços de software e de dados continuam a ser os principais impulsionadores do crescimento, juntamente com os serviços em nuvem e a internet das coisas (IoT). No entanto, espera-se que o crescimento da indústria seja afetado pela incerteza económica provocada pelo Brexit. O consumo privado diminuiu, as empresas estão menos propensas a assumirem compromissos em projetos de TI de longo prazo e os principais fornecedores de hardware aumentaram os seus preços até 10% em resposta à desvalorização da libra face ao dólar e ao aumento dos custos de importação. Ainda assim, nos últimos doze meses, os casos de incumprimento não aumentaram.
Nos EUA, em 2016, o mercado de TIC beneficiou do crescimento económico e do aumento do consumo privado graças ao aumento dos salários e à diminuição dos preços da energia. Em 2017, os crescimentos de dois dígitos vão acontecer em tecnologias emergentes como a impressão 3D, a realidade aumentada, os veículos autónomos e as tecnologias médicas e desportivas. No entanto, o setor apresenta uma deterioração dos níveis de incumprimento que se manterá ao longo de 2017.
Além destes quatro principais mercados, o relatório da Crédito y Caución analisa ainda a situação das empresas de TIC em França, na Itália, Alemanha, Japão, Coreia do Sul e Emirados Árabes Unidos.
Sobre a Crédito y Caución
Crédito y Caución é uma das marcas líderes em seguro de crédito interno e de exportação em Portugal, com uma quota de mercado de 26%. A Crédito y Caución contribui para o crescimento das empresas, protegendo-as dos riscos de incumprimento associados a vendas a crédito de bens e serviços. A marca Crédito y Caución também está presente em Espanha e no Brasil. No resto do mundo opera como Atradius. Com uma quota de mercado mundial de 23%, somos um operador global de seguro de crédito presente em mais de 50 países, com acesso a informação de crédito de mais de 240 milhões de empresas em todo o mundo. A nossa actividade consolida-se no Grupo Catalana Occidente.
