40% das faturas B2B da Europa Ocidental encontram-se em atraso

Apesar das diferenças significativas quanto à situação das insolvências dos diferentes países, os índices de incumprimento no B2B na Europa Ocidental continuam a ser consideráveis.
Analisis Credito y Caución
Madrid - 26-mai-2015

Apesar das diferenças significativas quanto à situação das insolvências dos diferentes países, os índices de incumprimento no B2B na Europa Ocidental continuam a ser consideráveis. Como resultado, prevê-se um abrandamento da, ainda débil, recuperação económica, sobretudo da zona euro, e que as taxas de insolvência continuem muito acima dos níveis de 2007.

O incumprimento afeta cerca de 40% do valor total das faturas B2B nacionais e estrangeiras, de acordo com os resultados da última edição do Barómetro de Práticas de Pagamento sobre a Europa Ocidental, divulgado pela Crédito y Caución. 7% ficaram pendentes após o seu vencimento e pagas por mais de 90 dias, aumentando a probabilidade de se converterem em casos sujeitos a recuperação de divida, e 1,2% resultaram em incobráveis. As empresas da Itália e da Grécia parecem ser as que apresentam maiores dificuldades com as contas por cobrar em atraso e com incobráveis. Já os inquiridos da Dinamarca e da Suécia são os que atribuem uma maior prioridade à gestão das contas por cobrar.

 O estudo sobre as Práticas nos Pagamentos B2B baseia-se nas respostas de cerca de 3.000 empresas de 13 países da Europa Ocidental. Para além desse comportamento nos pagamentos dos clientes nacionais e estrangeiros, o estudo analisou os desafios para a rentabilidade e os prazos médios de pagamento.

No clima empresarial ainda difícil de muitos países da Europa Ocidental, a razão principal dos atrasos nos pagamentos continua a estar relacionado com os problemas de liquidez: 51% dos entrevistados em relação a clientes nacionais e 37% no que respeita a clientes estrangeiros. Os inquiridos da Grécia [84% em clientes nacionais e 57% em estrangeiros] e de Itália [73% nacionais e 48,3% estrangeiros] são os que experimentam este problema com maior frequência. Quase a mesma percentagem de inquiridos na Europa Ocidental que registou atrasos nos pagamentos das faturas, devido a problemas de liquidez dos clientes, é da opinião que as faturas pendentes são utilizadas como um recurso de financiamento. Esta situação registou uma maior frequência na Áustria [54% em clientes nacionais e 49% no estrangeiro].

Independentemente do motivo pelo qual os clientes B2B atrasam o pagamento de faturas, os custos administrativos e financeiros das contas por cobrar em atraso podem ser consideráveis para os fornecedores e podem desgastar a rentabilidade das empresas. Esta situação também é compatível com o argumento de 24% dos inquiridos da Europa Ocidental que afirmam que a contenção de custos será o seu maior desafio para a rentabilidade em 2015, sendo que este é o fator que levanta mais preocupações na Suíça, nos Países Baixos, em França e em Itália. Os entrevistados da Grã-Bretanha e da Irlanda, em contrapartida, preveem que o seu maior desafio este ano seja manter os fluxos de caixa.

`A moderada recuperação económica registada no ano passado, e que continua este ano, tem apenas um efeito limitado no elevado grau de incumprimentos e insolvências, especialmente na zona euro. Esperamos uma melhoria nalguns mercados como Espanha, que é o principal destino de exportação de Portugal, com 24,5%; Países Baixos [a Holanda regista 4,1% das exportações]; Bélgica, com 2,8%; e Reino Unido, que regista 6,3% das exportações de Portugal. Contudo, na maioria dos mercados, os nossos prognósticos para 2015 indicam que os níveis de insolvência se estabilizarão e, nalguns casos, irão deteriorar-se. Por conseguinte, no clima empresarial atual é essencial que as empresas se centrem na gestão das contas por cobrar e no seguro de crédito, a fim de evitar problemas de liquidez que poderão prejudicar os seus negócios´, explica Paulo Morais, Regional Manager da Crédito y Caución em Portugal. 

 

Sobre a Crédito y Caución

A Crédito y Caución  é um dos operadores líderes em seguro de crédito interno e de exportação em Portugal, com uma quota de mercado de 23%. A Crédito y Caución contribui para o crescimento das empresas, há mais de 85 anos, protegendo-as dos riscos associados às vendas a crédito de bens e serviços. Desde 2008 é o operador do Atradius em Portugal, Espanha e Brasil.

Atradius é o operador global de seguros de crédito, presente em 50 países, que tem acesso a informação de crédito em mais de 100 milhões de empresas em todo o mundo. O operador global consolida a sua actividade no âmbito do Grupo Catalana Occidente.

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