A crise mudou os hábitos de compra e afeta o consumo de bens com maior durabilidade em todo o mundo

A descida do consumo com maior durabilidade é intensa nos mercados europeus, com a exceção da Alemanha, e se qualifica na China ou nos Estados Unidos pela expansão mobiliaria.
Analisis Credito y Caución
Madrid - 17-abr-2013

A crise económica está a modificar os hábitos de compra. O último relatório de Crédito y Caución mostra que em muitos países os produtos e os vendedores de bens de consumo como televisores, móveis ou pequenos eletrodomésticos, estão a ser fortemente afetados pela realidade económica em diferentes mercados e zonas do mundo. A deterioração sectorial teve um impacto negativo sobre o comportamento dos pagamentos, uma tendência que continuará nos próximos meses.

A contração do sector, como o relatório destaca, é especialmente intensa no nosso país. Em geral 2012, as vendas de retalho em Espanha desceram 10,2%. E a procura de bens com durabilidade registou uma maior queda desde que a crise económica começou. O volume de negócio da indústria dos móveis teve melhor comportamento, com crescimento no segundo semestre de 2012 devido às vendas nacionais pela subida do IVA e uma crescente procura estrangeira.

O detrimento do mercado de trabalho, a queda do rendimento disponível e a incerteza fazem com que se adiem todas as decisões de compra. As previsões de liquidez têm incentivado a poupança em detrimento do consumo privado, a queda foi acelerada por novas medidas fiscais, tais como o aumento do IVA em setembro. A queda geral do consumo das famílias, está a provocar mudanças nos hábitos e nas preferências dos consumidores, o que dá prioridade aos gastos com alimentação, saúde e educação em comparação com bens de consumo duradouros. Em 2013 prevê-se que o consumo privado se contraía 2,3% mais, pela diminuição do crédito ao consumo e do rendimento bruto disponível nas famílias.

O setor de bens de consumo duradouros, noutros países europeus, também está afetada. Não é só o caso da Itália, onde o declínio do consumo privado atingiu 3,9%, mas também os mercados menos afetados pela crise, como a Holanda, onde o consumo privado caiu 1,4% em 2012 e sofrerá uma queda igual em 2013, impulsionado pela fraqueza progressiva do poder de compra.

Um fator importante é a estreita relação entre as vendas de artigos domésticos, como eletrodomésticos e móveis, com a indústria de habitação. Nos EUA as vendas de casas novas aumentarem quase 20% no ano passado, dando um impulso para lojas de móveis. Contudo o Canadá, apesar de melhoraria da confiança do consumidor, é esperado que as vendas de bens de consumo duráveis baixem em 2013.

O desafio para o setor é o aumento dos custos num ambiente muito competitivo tornando os consumidores mais atentos ao preço, o que esta a fazer uma enorme pressão sobre as margens ao longo da cadeia de abastecimento. Como em muitas indústrias, os retalhistas mais pequenos deste sector, estão em posição mais precária, com uma forte concorrência. A tendência, detetada principalmente na Alemanha e na Polônia, é que as pequenas empresas independentes se fundem com os maiores.

O setor apresenta também alguns sinais positivos. Na Alemanha o setor dos eletrodomésticos tem tido um crescimento nos últimos cinco anos. E na China, o aumento contínuo do nível de vida, juntamente com o crescente número de escritórios, e a construção de hotéis, beneficia muito a industria dos pequenos retalhistas de móveis e eletrodomésticos

Sobre a Crédito y Caución

A empresa Crédito y Caución  é o operador líder de seguros de crédito doméstico e de exportação em Espanha desde a sua fundação, em 1929. A sua quota de mercado de 54%, contribui há mais de 80 anos para o crescimento de empresas, protegendo-as de riscos financeiros associados às suas vendas de crédito de bens e serviços. Desde 2008, é a operadora do Grupo Atradius em Espanha, Portugal e Brasil.

O Grupo Atradius é um operador global de seguros de crédito presente em 45 países. Com uma quota de mercado de aproximadamente 31% do mercado mundial de seguro de crédito, tem acesso a informação de créditos em mais de 100 milhões de empresas em todo o mundo e toma cerca de 20.000 decisões diárias de limites de crédito comercial. O operador global realiza a sua atividade no Grupo Catana Occidente.

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