Os setores agrícola, alimentação, automóvel, bens de consumo duradouro, construção, eletrónica, financeiro, maquinaria, metalurgia, papel, químico, serviços e têxtil apresentam um elevado risco de incumprimento.
O setor foi afetado pelo confinamento em termos de logística, cadeia de fornecimento e falta de trabalhadores temporários. Espera-se que o valor acrescentado da agricultura sofra uma redução superior a 6% em 2020.
Muitas empresas foram afetadas pelo encerramento temporário de vários canais de distribuição, sendo o mais dramático o de consumo em bares e restaurantes. Isto afetou toda a indústria alimentar que já antes da pandemia funcionava com margens muito limitadas. Prevê-se uma recuperação moderada dos segmentos da hotelaria, restauração e catering no segundo semestre de 2020. O valor acrescentado do setor deverá contrair 2% este ano. Os atrasos nos pagamentos começaram a aumentar e podem manter o crescimento durante os próximos meses.
Os produtores e fornecedores de automóveis sentem os efeitos da deterioração global das vendas de veículos de turismo e comerciais, o que provoca graves tensões de liquidez. As margens já estavam sob pressão antes do surto de coronavírus devido à queda das vendas em 2019 e ao aumento dos investimentos para fazer face à transição para a mobilidade eletrónica. Em 2020, prevê-se que o valor acrescentado do setor automóvel e de transporte contraia 36% e11%, respetivamente. É esperado que os atrasos nos pagamentos e as insolvências aumentem acentuadamente nos próximos meses.
O consumo privado de bens de consumo não alimentares deteriorou-se devido ao impacto da pandemia de coronavírus. Muitos negócios fecharam temporariamente durante o confinamento. A deterioração do sentimento dos consumidores e o forte aumento do desemprego podem constituir um obstáculo a uma recuperação a curto prazo. A solidez financeira de muitas empresas deteriorou-se gravemente. Espera-se que o valor acrescentado do setor diminua cerca de 9% em 2020, 22% no segmento de eletrodomésticos. Um aumento brusco das insolvências ainda não se verificou. Contudo, não se pode descartar que, até final do ano, haja um aumento nas insolvências.
Nos últimos dois anos, a indústria viu-se afetada negativamente pelo fraco rendimento da economia italiana. A construção sofreu com a baixa procura, uma concorrência feroz, a incerteza sobre a futura capacidade de assumir despesas por parte dos organismos públicos e pelo persistente mau comportamento em termos de pagamentos. O sector enfrenta condições financeiras rígidas e níveis elevados de insolvência, com a falência de vários dos seus principais operadores em 2019. A massiva contração económica registada em Itália em resultante da pandemia constitui um golpe adicional para um setor que se estima que sofra uma contração de 12,5% no seu valor acrescentado em 2020.
As vendas deterioraram-se durante o confinamento. A deterioração do sentimento dos consumidores e o forte aumento do desemprego poderiam constituir um obstáculo a uma recuperação significativa a curto prazo. O valor acrescentado das TIC deve diminuir cerca de 3% em 2020. Contudo, certos segmentos beneficiaram da crescente digitalização. As despesas das empresas e dos seus colaboradores em bens e serviços digitais aumentou com a expansão do teletrabalho.
O setor vê-se gravemente afetado pela recessão económica geral, com aumento dos problemas financeiros tanto para as empresas como para os consumidores, o que dará lugar a um aumento dos empréstimos improdutivos e deterioração dos lucros. O valor acrescentado do sector contrairá cerca de 5% em 2020.
Esta indústria orientada para a exportação foi um dos setores italianos com melhor desempenho nos últimos dois anos. Contudo, as perspetivas de negócio deterioraram-se já que as encomendas e a produção diminuíram consideravelmente. A queda na procura nacional e internacional por parte dos principais setores compradores, como o setor automóvel, e as interrupções na cadeia de fornecimento tiveram um impacto negativo no primeiro semestre de 2020. Espera-se que o valor acrescentado da engenharia registe uma contração de 23,5% em 2020.
Os produtores e comerciantes no setor da metalurgia e do aço sentem os efeitos da deterioração da procura dos principais setores compradores, como o setor automóvel, a construção e a maquinaria, além de interrupções na cadeia de fornecimento. Em 2020, o valor acrescentado da metalurgia e do aço deverá sofrer uma contração de 21% e 20%, respetivamente. A solidez financeira das empresas deteriorou-se gravemente e prevê-se um aumento dos incumprimentos e das insolvências nos próximos meses.
Os produtores de papel e as indústrias gráficas viram-se afetados pelas interrupções na cadeia de fornecimento provocadas pelas medidas de confinamento, bem como pelo atual processo de transformação digital, situações que levaram a uma queda na procura. O valor acrescentado do setor deverá sofrer uma redução de 12% em 2020. O segmento de publicações e impressão terá uma queda superior a 10%. Previsivelmente, os atrasos nos pagamentos e as insolvências vão aumentar nos próximos meses.
Muitas empresas químicas estão a sentir a deterioração da procura de setores compradores chave como o automóvel. Prevê-se que o valor acrescentado dos produtos químicos contraia mais de 7% em 2020. No caso do segmento farmacêutico, espera-se uma queda de 4,5%.
Devido às amplas medidas de confinamento, muitos segmentos foram gravemente afetados, em especial os hotéis, restaurantes, bares, espetáculos, eventos culturais, agências de viagens e os operadores turísticos. O valor acrescentado do setor deverá contrair mais de 5% em 2020. Até agora, o aumento dos incumprimentos tem sido moderado. Contudo, com o terminar do período de férias muitas empresas podem ver-se confrontadas com problemas de liquidez adicionais. Esta situação conduzirá a um aumento substancial nos incumprimentos e nas insolvências no quarto trimestre de 2020.
Os produtores, grossistas e retalhistas do setor têxtil que já apresentavam problemas antes do surto de coronavírus, devido a uma concorrência feroz e às margens escassas com que operam, viram-se afetados pela deterioração das vendas a nível nacional e internacional. O valor acrescentado do setor deverá contrair 20% em 2020 e os incumprimentos e insolvências devem aumentar drasticamente nos próximos meses.
Sobre a Crédito y Caución
Crédito y Caución é uma das marcas líderes em seguro de crédito interno e de exportação em Portugal, com uma quota de mercado de 24%. A Crédito y Caución contribui para o crescimento das empresas, protegendo-as dos riscos de incumprimento associados a vendas a crédito de bens e serviços. A marca Crédito y Caución também está presente em Espanha e no Brasil. No resto do mundo opera como Atradius. Somos um operador global de seguro de crédito presente em mais de 50 países. A nossa actividade consolida-se no Grupo Catalana Occidente.
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