Insolvências com aumento superior a 35% em janeiro

As insolvências tiveram um aumento homólogo de mais de 35% em janeiro de 2020, enquanto as constituições decresceram cerca de 23%. Outros serviços e setor transformador são os que perdem mais empresas.  
 

Lisboa - 07-fev-2020

 

 

 

Em janeiro, as insolvências aumentaram 35,1% face ao período homólogo de 2019, com um total de 566 processos de insolvência. As declarações de insolvências requeridas aumentaram 20,7% face a 2019 (atingindo um total de 111 pedidos), enquanto as apresentações à insolvência pelas próprias empresas cresceram 18%, totalizando 118 apresentações. Foi declarada a insolvência de 331 empresas (+47,8%) e o período em análise registou a formalização de seis planos de insolvência, mais três que no ano passado. 


O Porto, com 140 insolvências, é o distrito com o maior número de processos; valor que traduz um crescimento de 28,4% face a 2019. Lisboa, com 121 insolvências, ocupa a segunda posição em valores absolutos e regista um incremento de 44%. Braga teve um acréscimo de 25,5% face a 2019 e totalizou 59 insolvências. Aveiro, com 49 insolvências e uma subida de 58,1%, Faro com 31 insolvências e um aumento de 72,2% e Setúbal com um total de 28 insolvências fecham o grupo dos seis principais distritos em total de insolvências. Contudo, em percentagem, os maiores aumentos em janeiro registam-se em Viseu (+250% com uma evolução de quatro insolvências em 2019 para 14 em 2020), Ponta Delgada (evolui de duas para seis), Portalegre (aumento de 150% que traduz uma evolução de duas para cinco insolvências) e Castelo Branco que aumentou de seis para 13 insolvências (+116,7%).


Valores inferior a 2019 registam-se apenas em três distritos: Horta (-100%), Guarda (-40%) e Coimbra (-36,8%). Cinco distritos mantêm resultados idênticos a 2019: Setúbal (28), Madeira (13), Beja e Évora (três cada) e Vila Real (uma insolvência).


Outros Serviços e Indústria Transformadora são os setores com o maior número de insolvências, 119 e 118 respetivamente, que traduzem aumentos de 30,8% e 19,2% face ao período homólogo de 2019. Os maiores aumentos comparativos registam-se, contudo, nos setores da Agricultura, Caça e Pesca (+160%), Comércio por Grosso (+82,5%) e Hotelaria e Restauração (+48,5%). Apenas o setor de Comércio de Veículos regista uma diminuição de 6,3% face a 2019. As atividades de Telecomunicações e Indústria Extrativa não apresentam variação. 


Constituições caem 23,2% em janeiro


As constituições de empresas têm uma diminuição de 23,2% em janeiro de 2020 face ao mesmo período do ano passado. No primeiro mês do ano foram criadas 5.120 novas empresas, menos 1.548 que em 2019. 


O número mais significativo de constituições regista-se em Lisboa, com 1.743 novas empresas (-15,6%), e no Porto, com 880 empresas (-27,7%). Neste primeiro mês, 91% dos distritos apresentam valores inferiores ao período homólogo de 2019, com as maiores reduções a verificarem-se em Évora (-48,4%), Leiria (-45,2%) e Aveiro (43,8%). Apenas Angra do Heroísmo termina o mês com uma variação positiva (+5,3%), evoluindo de 19 para 20 novas empresas. Horta decresce de 11 para sete constituições (-36,4%) e Ponta Delgada mantém um total de 43 constituições em ambos os anos. Na Madeira há uma diminuição de 142 para 112 novas empresas constituídas (-21,1%). 


Os setores com variação positiva no período são apenas dois: Transportes (+14,4%) e Eletricidade, Gás, Água (+14,3%). As variações negativa afetam 83% dos distritos com os valores mais significativos a registarem-se na Indústria Extrativa (-87,5%), Telecomunicações (-41,2%), Comércio por Grosso (-38,5%), Indústria Transformadora (-36,3%), Construção e Obras Públicas (-31,3%), Outros Serviços (-24,9%), Agricultura, Caça e Pesca (-18,8%), Comércio a Retalho (-18,4%) e Restauração e Hotelaria (-18%).


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