A queda do preço do petróleo afeta Países do Médio Oriente e Norte de África

A análise divulgada pela Crédito y Caución sobre as oito economias mais representativas da região revela fortes desequilíbrios nas contas públicas.
Analisis Credito y Caución
Madrid - 27-jul-2016

 

 

As economias do Médio Oriente e Norte de África estão a ser afetadas pela queda do preço do petróleo, segundo o último relatório divulgado pela Crédito y Caución. A análise às oito economias mais representativas da região revela fortes desequilíbrios nas contas públicas. Os países produtores conseguem manter a sua solvência devido às grandes reservas de divisas estrangeiras, mas se o atual preço do petróleo se mantiver a longo prazo será necessário tomar medidas para reduzir gastos. Os países não produtores da região enfrentam outros problemas, em especial o impacto sobre o turismo da insegurança na região.

 Na Arábia Saudita, o petróleo representa 80% das receitas do país. O elevado superavit da conta corrente, que inclui o comércio real de bens, serviços e rendas, recuou com a queda do preço do crude, com um défice de 5,4% em 2015, que irá atingir os 9,3% em 2016. Embora o país esteja numa situação invejável para financiar estes défices, com uma dívida pública inferior a 15% e reservas para cobrir 30 meses de importação, uma mudança estrutural dos preços do petróleo seria um risco para a economia.

 No Kuwait, as vendas do petróleo e gás representam 50% do PIB, 90% das exportações e 85% das receitas públicas. O défice da conta corrente irá atingir os 7,6% em 2016, mas o fundo soberano do país dispõe de ativos no valor de 590.000 milhões de dólares para gerir a situação originada pela queda do preço do petróleo.

 Na Argélia, onde o setor do petróleo e gás representa mais de 95% das exportações, a Administração começou a cortar o défice reduzindo gastos com alguns subsídios e com projetos de infraestruturas. Não obstante, a Argélia será capaz de manter, por um longo período de tempo, os baixos preços do petróleo devido às suas reservas de divisas estrangeiras, que ultrapassam os 140.000 milhões de dólares.

 Os Emirados Árabes Unidos alcançaram uma maior diversificação e 70% do PIB já deriva de setores não petrolíferos. No entanto, a economia foi afetada tanto direta como indiretamente, com a descida do preço do petróleo. As empresas dos setores das tecnologias, bens de consumo duradouros, alimentos, metais, aço e construção enfrentam problemas cada vez maiores.

 No Egipto e na Tunísia, os problemas de segurança interna registaram um impacto muito negativo no turismo. Na Jordânia, o crescimento económico está a ser afetado pelos conflitos que se vivem na região. Os fluxos comerciais com o Iraque, importante destino de exportação, diminuíram, e o turismo e investimento que têm sofrido bastante com os problemas de segurança. A médio prazo, o panorama económico no Egipto pode ser considerado positivo pela descoberta de grandes depósitos de gás.

 Marrocos enfrenta outros problemas, como os efeitos da seca, que está a afetar  o setor da agricultura, que emprega 40% da população. O país está a intensificar esforços para diversificar a sua economia, mediante o desenvolvimento da indústria e do setor automóvel, da aeronáutica e eletrónica através do investimento estrangeiro. O principal potencial risco para a economia marroquina é a deterioração da zona euro, importante destino de exportação.

 

Sobre a  Crédito y Caución

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