Reino Unido vota sair da União Europeia

O comunicado divulgado pela Crédito y Caución identifica os setores e mercados mais afetados pelo voto a favor da saída.
Analisis Credito y Caución
Madrid - 06-jul-2016

 

 

Após semanas de especulação, o futuro das relações entre o Reino Unido e a União Europeia começa a definir-se. Com uma adesão de 72%, a decisão de abandonar a União Europeia foi confirmada por uma maioria de 51,9%. Embora se trate de uma decisão de extrema importância, em termos práticos, poucas coisas mudarão num futuro imediato. Não obstante, o Reino Unido e os outros Estados membros irão, inevitavelmente, sentir as consequências.

Para o Reino Unido não é possível evitar um período de incerteza com foco na estabilidade política, tendo em conta o comunicado do Primeiro-Ministro, David Cameron, que renunciará ao cargo antes do final de 2016.

Após o anúncio do Brexit, a Crédito y Caución divulgou um novo relatório económico que identifica os setores chave que, previsivelmente, serão afetados pelo voto de saída e antecipa, também, um possível aumento de insolvências a curto prazo em mercados como Irlanda, Países Baixos e Bélgica, devido aos  estreitos laços comerciais e de investimento. Não obstante, o relatório prevê, ainda, que os efeitos apenas se deixarão sentir na maioria dos outros países europeus.

Para o Reino Unido, antecipando o voto de saída, alguns efeitos já se fizeram notar com a depreciação da libra esterlina e o abrandamento dos investimentos em empresas e funcionários. Após a decisão do Brexit, as previsões que constam no relatório apontam para uma quebra do PIB do Reino Unido entre 1% e 3%, nos próximos dois anos. O estabelecimento de acordos comerciais, nos próximos dois anos, irá determinar o impacto a longo prazo.

Os efeitos também se deixarão sentir, por exemplo, no investimento direto estrageiro dos Países Baixos ou no comércio externo da Irlanda e da Noruega. Por outro lado, espera-se ainda, que os países do Benelux e a Irlanda registem um aumento dos seus níveis de insolvência entre 1% e 3,5%. A alteração das insolvências noutros países será pouco significativa.  

`No Reino Unido, a economia manteve um crescimento mais moderado de 0,4% no primeiro trimestre. No entanto, o voto de saída teve um impacto imediato na taxa de câmbio, face a todas as moedas principais. Embora os acordos comerciais devam ser abordados, a curto prazo o comércio internacional continuará, beneficiando de uma menor taxa de câmbio´, afirma Andreas Tesch, Diretor de Mercados da Atradius.

`Não haverá nenhum impacto a curto prazo na nossa postura de subscrição para o mercado britânico. Além das emoções perante o resultado, é importante reconhecer que as empresas britânicas se irão adaptar e aquelas que têm uma gestão sólida, com uma estratégia bem definida e bem financiada, continuarão a prosperar. O Reino Unido continuará aberto a negócios e nós também. As empresas que optam pelo seguro de crédito admitem que uma estratégia de gestão de risco sólida permite ao negócio e a nós continuamos confiantes de que podemos ajudar os nossos clientes a crescer nos seus negócios, tanto no mercado nacional, como na Europa e em outros mercados em todo o mundo´, afirma Alun Sweeney, Diretor da Atradius no Reino Unido e Irlanda.  

 

Sobre a Crédito y Caución

A Crédito y Caución é um dos operadores líderes em seguro de crédito interno e de exportação em Portugal, com uma quota de mercado de 25%. A Crédito y Caución contribui para o crescimento das empresas, há mais de 85 anos, protegendo-as dos riscos associados às vendas a crédito de bens e serviços. Desde 2008 é o operador do Atradius em Portugal, Espanha e Brasil.

Com uma quota do mercado de 23%, Atradius é o operador global de seguros de crédito, presente em 50 países, que proporciona a cobertura em 240 mercados e tem acesso a informação de crédito em mais de 200 milhões de empresas em todo o mundo. O operador global consolida a sua actividade no âmbito do Grupo Catalana Occidente.

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