Crédito y Caución analisa o impacto de um brandamento brusco na China

Austrália, Mongólia, Hong Kong, Laos, República Democrática do Congo, Serra Leoa, Zâmbia, África do Sul, Mauritânia e Chile seriam os primeiros mercados afetados pela desaceleração do gigante asiático.
Analisis Credito y Caución
Madrid - 09-abr-2015

O que aconteceria se o crescimento económico da China abrandasse abaixo dos 5%? A Crédito y Caución, um dos operadores líderes em seguro de crédito interno e de exportação em Portugal, divulgou um estudo que determina quais são os países mais vulneráveis a uma hipotética desaceleração do gigante asiático. Austrália, Mongólia, Hong Kong, Laos, República Democrática do Congo, Serra Leoa, Zâmbia, África do Sul, Mauritânia e Chile seriam os mais vulneráveis, pelos seus níveis de exposição direta à economia da china. Outros países ver-se-iam afetados em segundo grau, pela sua relação com estes países.

O primeiro canal de contágio de um abrandamento forçado da economia da china são os fluxos comerciais. Existe um total de 24 mercados no mundo que destinam à China mais de 25% das suas exportações. Contudo, nem todos estes são economias abertas dependentes das exportações para o seu crescimento económico: só existem oito mercados para os quais as exportações à China correspondem a uma percentagem do PIB superior a 20%. O cruzamento das duas variáveis sugere que os países especialmente vulneráveis a uma grave desaceleração económica da China são os asiáticos e os africanos.

Não é uma informação surpreendente no caso da região asiática, já que a China representa um eixo fundamental nesse continente e a maioria dos seus países conta com uma economia muito aberta. Ainda que alguns países asiáticos exportem matérias-primas, em especial a Mongólia, a maioria deles exportam bens de equipamento, componentes e eletrónica para a China. Em África, a maioria dos países exporta matérias-primas e, ainda que o petróleo seja uma das mais importantes nesta região, alguns países exportam principalmente metais. Os países mais vulneráveis pela via do comércio são Hong Kong, Mongólia, Mauritânia e República do Congo.

O segundo canal de contágio é o preço das matérias-primas. A China representa 40% do consumo mundial de carvão, alumínio e cobre, 30% de ferro e 20% de petróleo. O abrandamento da China influencia a baixa nos preços destas matérias-primas, o que afetará os países que se dedicam à sua exportação. Um número significativo de países exportadores de metais encontra-se em África. A América Latina é outra região em que muitos países dependem das matérias-primas, no entanto, ao contrário de África, existe uma maior diversificação de produtos de exportação. A China não é o seu principal destino e as suas economias são relativamente fechadas. Em geral, os países mais vulneráveis por esta via são a Mongólia, a Zâmbia, a República Democrática do Congo e o Chile.

A desaceleração económica da China poderia afetar outros países através de um terceiro canal: os fluxos de capital. A China investiu somas importantes nos setores de energia e de metais. Em 2013, a África era o principal beneficiário do investimento direto estrangeiro da China, no entanto nos anos anteriores, a Ásia Oriental e a Austrália lideraram a lista. Porém, no caso da China enfrentar um abrandamento económico brusco, o estudo divulgado pela Crédito y Caución prevê que os investimentos no estrangeiro não serão reduzidos drasticamente, dada a importância estratégica de garantir o acesso às matérias-primas. 

 

Sobre a Crédito y Caución

A Crédito y Caución  é um dos operadores líderes em seguro de crédito interno e de exportação em Portugal, com uma quota de mercado de 23%. A Crédito y Caución contribui para o crescimento das empresas, há mais de 85 anos, protegendo-as dos riscos associados às vendas a crédito de bens e serviços. Desde 2008 é o operador do Atradius em Portugal, Espanha e Brasil.

Atradius é o operador global de seguros de crédito, presente em 50 países, que tem acesso a informação de crédito em mais de 100 milhões de empresas em todo o mundo. O operador global consolida a sua actividade no âmbito do Grupo Catalana Occidente.

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