Cresce a preocupação empresarial quanto à liquidez na Ásia-Pacífico

O número de empresas da região Ásia-Pacífico que se encontra sob pressão para manter suficientes os seus fluxos de caixa aumentou.
Analisis Credito y Caución
Madrid - 02-dez-2014

De acordo com a última edição do Barómetro de Práticas de Pagamento distribuido por Crédito y Caución, no último ano aumentou o número de empresas sob pressão para manter suficientes os seus fluxos de caixa. Esta evolução revela uma preocupação crescente sobre uma deterioração da qualidade do crédito em vários países da região.

De acordo com os resultados do `Barómetro de Práticas de Pagamento´ 36% do valor total das faturas B2B continuavam por pagar após o seu vencimento, na Ásia-Pacífico. A média para a América é de 38% e para a Europa é de 36%.

A razão principal para o atraso dos pagamentos dos clientes nacionais é a insuficiência de fundos, citada por 47% das empresas. Pelo contrário, as operações de comércio externo têm mais probabilidades de não serem pagas devido à complexidade dos procedimentos de pagamento. A maior parte das empresas chinesas que participou no estudo, 56%, referiu esta razão como causa do atraso por parte dos clientes estrangeiros.

Cerca de 30% das empresas da região assegurou que os compradores nacionais e estrangeiros muitas vezes atrasam os pagamentos como fonte de financiamento alternativo.

Com 4,4% dos créditos B2B pendentes de pagamento, após 90 dias, e com metade desse valor a ser dado como incobrável, os inquiridos da Ásia Pacífico perdem, em média, 50% do valor total das suas faturas pendentes de cobrança se não são pagas dentro dos 90 dias posteriores ao seu vencimento. A média para a Europa é de 35% e para a América é de 52%.

Com este cenário de fundo, não é nenhuma surpresa que exista uma preocupação crescente no que se refere aos níveis de fluxo de caixa em diferentes países da região. Uma em cada 3 empresas considera que este é o seu maior desafio para sustentar a sua rentabilidade este ano. Analisando por país, a percentagem é especialmente elevada em Taiwan: 44%.

Quase 72% das empresas participantes no estudo assegurou que se preocupa quanto à sustentabilidade dos seus negócios quando o Prazo Médio de Recebimento ultrapassa o prazo de 31 dias. 70% utiliza pelo menos uma técnica de gestão de crédito para proteger a sua liquidez e para melhorar a estabilidade financeira das suas empresas. Na Índia, esta percentagem alcança os 85%, possivelmente como reflexo das condições económicas variáveis e do abrandamento do crescimento económico.

Este é um claro reflexo das condições económicas variáveis numa região cujas previsões de crescimento global parecem ser afetadas por vários fatores, como o abrandamento económico da China, uma procura local mais fraca em algumas das suas economias emergentes, devido a condições de crédito mais limitadas, e a uma procura global reduzida que afeta países da Ásia-Pacífico com ligações comerciais restringidas para economias avançadas.

`Na Ásia, a política económica da China tem um impacto abrangente em toda a região. Devido à diminuição das importações e investimentos, as expetativas de crescimento a nível regional foram revistas em baixa. As previsões de crescimento para a Índia e para a Indonésia são incertas. Em vários países da região, tem havido preocupações acerca do aumento do endividamento e da deterioração da qualidade do crédito. É provável que isto origine um agravamento do comportamento de pagamentos em vários países da região´, afirma o Diretor da Atradius na Ásia, Eric den Boogert.

 

Sobre a Crédito y Caución

A Crédito y Caución  é um dos operadores líderes em seguro de crédito interno e de exportação em Portugal, com uma quota de mercado de 23%. A Crédito y Caución contribui para o crescimento das empresas, há mais de 85 anos, protegendo-as dos riscos associados às vendas a crédito de bens e serviços. Desde 2008 é o operador do Atradius em Portugal, Espanha e Brasil.

Atradius é o operador global de seguros de crédito, presente em 50 países, que tem acesso a informação de crédito em mais de 100 milhões de empresas em todo o mundo. O operador global consolida a sua actividade no âmbito do Grupo Catalana Occidente.

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