No quarto trimestre de 2009 foram registados 1.366 novos procesos de insolvência em Portugal, o que representa um ligeiro agravamento de 8% face aos valores do final do terceiro trimestre. Esta é uma das conclusões da Área de Administração de Riscos da Crédito Y Caución, que acompanha de perto as insolvências judiciais publicadas em Diário da República.
O agravamento consecutivo dos níveis de insolvência empresarial iniciou-se no primeiro trimestre de 2009 e a partir do segundo trimestre manteve-se em cerca de 1.300 processos trimestrais. Em 2009 totalizou-se quase 5.000 processos de insolvência, o que traduz um aumento de 60% em relação ao período homólogo. O agravamento deste indicador, em 2009, registou-se em todos os sectores, excepto na sector dos Brinquedos. O sector dos Serviços registou o maior crescimento, 128%, convertendo-se no sector mais afectado em termos de insolvências judiciais: em cada três empresas que entram em processo de insolvência, uma pertence a este sector. Na Construção, segundo sector mais afectado por este tipo de processos, o crescimento foi mais moderado situando-se nos 29%. Outros sectores representativos, como o Têxtil e a Alimentação/Distribuição, registam uma tendência idêntica. Ao analisar os dados do quarto semestre, identificam-se algumas tendências importantes de evolução no curto-prazo das insolvências. Efectivamente, em sete dos 17 sectores analisados regista-se uma diminuição das insolvências judiciais registadas. Em qualquer caso, os níveis de insolvência trimestral ainda se situam acima dos mil procesos, estando, assim ,muito longe dos níveis de 2008. Este quadro apresenta contornos preocupantes pois, na globalidade de todos os processos de insolvência, estaremos seguramente a falar de créditos incobráveis na ordem dos milhares de milhões de Euros com impactos muito significativos na tesouraria das empresas. Tendo em consideração que, de acordo com a nossa experiência e conhecimento de mercado , a média das dívidas recuperadas em processos de insolvência é somente de 5%, temos uma noção mais clara da importância de as empresas se protegerem relativamente a estes impactos e neste particular realçar o papel que o Seguro de Crédito tem desempenhado na sustentabilidade de muitas das empresas afectadas por alguns desses processos, refere Paulo Morais, Director da Crédito y Caución para Portugal e Brasil. |
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