O último relatório publicado pela Crédito y Caución prevê que em 2013, em Portugal, irá haver uma redução do PIB de 1,9%, acompanhado de um aumento do desemprego de quase dois pontos percentuais que ficará acima dos 17% e de mais medidas de austeridade para fazer frente ao défice orçamental, o que irá comprometer as perspectivas de um crescimento imediato. O consumo privado a produção industrial continuara a diminuir. A nota positiva é a previsão de crescimento das exportações portuguesas, acompanhada por uma melhoria competitiva de Portugal comparativamente a outros países da União Europeia. Como resultado da queda continuada no investimento, consumo e condições de emprego, bem como a dificuldade de acesso ao crédito bancário, o cenário continua muito negativo para muitas empresas. Os setores mais afetados pela crise são os da madeira, construção e móveis e utensílios e acessórios, ferro e aço, retalho, eletrónica e eletrodomésticos. Espera-se também que as insolvências empresariais aumentem cerca de 5% no próximo ano, num conjunto aproximado de 6300 casos. De acordo com esta análise da seguradora de crédito líder no mercado ibérico e segunda em Portugal, a partir do segundo trimestre de 2012, a crise económica até então relativamente suave em Portugal acelerou-se devido à drástica diminuição da procura interna e ao efeito negativo das pressões mundiais sobre o crescimento da exportação, resultando numa contração do PIB de 3,2%. Isto originou uma forte queda do consumo privado [-7,6%], do consumo público [-3,9%] e de um investimento fixo [-18,7%]. Apenas as exportações contribuíram positivamente, com um aumento de 4,3%. No terceiro trimestre, a economia contraiu 3,4%, principalmente devido redução significativa da contribuição das exportações líquidas. A taxa de desemprego continua a subir situando-se em 15,8%. Por outro lado, a inflação ainda está acima da média da UE, mas deverá diminuir para 2,9% no final de 2012 e para 1,3% em 2013. No início de 2011 Portugal recebeu um pacote de resgate da "troika" de 78.000 milhões de euros. No geral, o país está a cumprir o compromisso com o programa, que termina em meados de 2014. Já muitas das distorções no mercado de trabalho foram abordadas, mas não aconteceu o mesmo em relação ao quadro competitivo, uma vez que as medidas tomadas em relação a algumas indústrias dificultam o dinamismo da economia. O progresso real baseou-se em reformas fiscais estruturais da administração, das receitas e da gestão das finanças públicas. Em termos gerais, o governo cumpriu os termos do programa de resgate mas os rendimentos esperados não foram alcançados. Os números mostram uma diminuição de 2% na receita corrente, apesar do aumento de impostos. Consequentemente, o objetivo do défice fiscal relaxou 4,5% a 5% do PIB. Os bancos portugueses receberam um financiamento de 60 mil milhões de euros, a três anos, do BCE. Este fundo permitiu-lhes financiar boa parte das suas necessidades e tem sido usado maioritariamente para comprar títulos do governo, mas a exposição à dívida soberana continua a ser limitada. O apoio de capital do governo permitiu que aos grandes bancos a reforçar os seus rácios de capital. A qualidade dos ativos é relativamente boa em comparação com outros países periféricos da UE, mas as restrições de crédito estão a aumentar e a prejudicar a atividade económica. Portugal reapareceu nos mercados cuidadosamente com uma troca de dívida bem-sucedida de 3760 milhões, o que mostra que Portugal está pronto para um retorno de pleno direito aos mercados financeiros, após a expiração do programa do FMI. Sobre a Crédito y Caución Crédito y Caución é a operadora líder no seguro de crédito interno e de exportação de liderança no mercado ibérico desde a sua fundação, em 1929. Com uma quota de mercado de 54%, contribui há mais de 80 anos para o crescimento das empresas, protegendo-as dos riscos de não pagamento, associados às suas vendas a crédito de bens e serviços. Desde 2008, é o operador do Grupo Atradius em Espanha, Portugal e no Brasil. O Grupo Atradius é um operador global do seguro de crédito que está presente em 45 países. Com uma quota de mercado de aproximadamente 31% do mercado mundial de seguros de crédito, tem acesso a informação sobre crédito em mais 100 milhões de empresas em todo o mundo e toma cerca de 20 mil decisões diárias sobre limites de crédito comercial. O operador global consolida a sua atividade dentro do Grupo Catalana Occidente. |
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