A Crédito y Caución acabou de realizar um estudo sobre o Brasil que apresenta as perspetivas deste país para o futuro a curto, médio e longo prazo. Abrandamento do crescimento Depois de uma recuperação económica forte e com uma base ampla em 2010, graças a uma normalização das exportações para a Ásia, aos investimentos e a uma procura estável por parte dos consumidores, o desempenho económico do Brasil perdeu alguma da sua força desde 2011. Os volumes de exportação caíram, a procura interna abrandou e o investimento líquido diminuiu. Depois de um crescimento de 2,7% em 2011, o PIB deverá crescer apenas 1,5% em 2012. De facto, no primeiro e no segundo trimestre de 2012, a economia cresceu apenas 0,8% e 0,5% em relação ao ano transato. O PIB acumulado para o período de 12 meses que termina no segundo trimestre de 2012 cresceu apenas 1,2% face ao ano anterior, em comparação com o período de 12 meses que terminou no segundo trimestre de 2011. O consumo das famílias cresceu apenas 2,5%, apesar da confiança dos consumidores ser relativamente elevada e do aumento de salários observado ao longo dos últimos dois anos. O consumo do governo aumentou 2,2%, ao passo que a formação bruta de capital fixo diminuiu 0,3%. No que diz respeito a setores em particular, a produção nos serviços aumentou 1,6% e a agricultura registou um crescimento de 1,5%, mas o setor industrial registou uma queda de 0,4%, devido a custos elevados, infraestruturas deficientes e à moeda forte, sendo que a situação foi agravada pela fraca procura em termos globais. Recuperação económica em andamento Todavia, há sinais de uma recuperação no segundo semestre deste ano que vai ganhar força em 2013. Grande parte dessa expectativa baseia-se na recuperação dos mercados de exportação especialmente a China , nos preços mais altos das matérias-primas e numa leve, embora ainda incerta, recuperação na economia global. A inflação diminuiu desde o início de 2012, para 5,4% em Outubro, mas ainda está acima do objetivo de 4,5% do Banco Central do Brasil. O mercado de trabalho mantem-se saudável, com uma taxa de desemprego de 5,4% em Setembro de 2012: uma das percentagens mais baixas na história do Brasil. Isto, juntamente com um aumento do rendimento médio, está a ajudar a sustentar o consumo doméstico. O valor total dos empréstimos de crédito concedidos por instituições financeiras brasileiras deve chegar a 52% do PIB até o final de 2012. Além disso, de acordo com o Banco Central, no terceiro trimestre de 2012, a taxa média de inadimplência do consumidor [isto é, os pagamentos realizados com mais de 90 dias de atraso] foi de 7,9% a maior taxa desde Dezembro de 2009 , enquanto a taxa de inadimplência das empresas manteve-se nos 5,9%. Situação Energética: Reservas de Petróleo Muito Grandes Há grandes reservas marítimas de petróleo no pré-sal [ou seja, localizadas abaixo das camadas profundas de rocha e sal na costa do Brasil] estimadas num valor equivalente a 50 biliões de barris. A crescente exploração destes recursos poderia transformar o Brasil num dos maiores produtores de petróleo do mundo. Em Julho de 2011, a Petrobras, petroleira do Brasil controlada pelo Estado, anunciou um investimento de 225 biliões de dólares para aumentar a sua produção diária de 2,6 milhões para 4 milhões de barris em 2015 e 6,4 milhões de barris em 2020. O Crescimento Económico Será Forte nos Próximos Anos A curto prazo, espera-se que a procura doméstica seja impulsionada através de taxas de juros mais baixas e do estímulo orçamental adicional oferecido nos últimos meses. Em 2013, o crescimento deve subir até 4,2%, à medida que o consumo privado, o investimento empresarial e a procura externa especialmente da Ásia melhoram. Todavia, a inflação mais alta [prevê-se que chegue a 5,7% em 2013] é um efeito colateral negativo desta recuperação, potencialmente forçando a política monetária a tornar-se mais restritiva de novo. A médio prazo, os investimentos em infraestruturas que culminarão no Campeonato do Mundo e nos Jogos Olímpicos, e nos campos marítimos de petróleo contribuirão para uma verdadeira atividade económica e, se tudo correr da melhor forma, para receitas cambiais extraordinárias. Para 2014 e 2015, são esperadas taxas de crescimento económico compreendidas entre 4% e 5% ao ano. Sobre a Crédito y Caución Crédito y Caución é a operadora líder no seguro de crédito interno e de exportação de liderança no mercado ibérico desde a sua fundação, em 1929. Com uma quota de mercado de 54%, contribui há mais de 80 anos para o crescimento das empresas, protegendo-as dos riscos de não pagamento, associados às suas vendas a crédito de bens e serviços. Desde 2008, é o operador do Grupo Atradius em Espanha, Portugal e no Brasil. O Grupo Atradius é um operador global do seguro de crédito que está presente em 45 países. Com uma quota de mercado de aproximadamente 31% do mercado mundial de seguros de crédito, tem acesso a informação sobre crédito em mais 100 milhões de empresas em todo o mundo e toma cerca de 20 mil decisões diárias sobre limites de crédito comercial. O operador global consolida a sua atividade dentro do Grupo Catalana Occidente. |
Mantenha-se informado. Receba a nossa Newsletter