Ao longo dos primeiros nove meses de 2009, foram registados 3.626 novos processos de insolvência em Portugal. Os dados assinalam um aumento acumulado dos níveis de insolvência de 42% em relação ao mesmo período de 2008.
Ao longo dos primeiros nove meses de 2009, foram registados 3.626 novos processos de insolvência em Portugal. Esta é uma das conclusões da Área de Administração de Riscos da Crédito y Caución, que acompanha de perto as insolvências judiciais publicadas em Diário da República. Os dados assinalam um crescimento dos níveis de insolvência, com um aumento acumulado de 42% no mês de Setembro, em relação ao mesmo período de 2008, o que representa um agravamento de 29% face ao resultado do final do segundo trimestre. Os processos de insolvência das empresas que têm a actividade ligada a determinado sector, confirmam o claro agravamento do sector dos serviços, que se converteu no primeiro gerador de insolvências judiciais com 33% do total, após ter triplicado os níveis de insolvência em relação a 2008. O comportamento do sector da construção, com 15% dos processos, agravou-se durante o terceiro trimestre com um aumento acumulado de cerca de 20%. Também o sector têxtil, o terceiro a gerar insolvências judiciais em Portugal, responsável por 11% do total, confirmou uma tendência de deterioração à volta dos 30%. O aumento de número de insolvências judiciais é mais um indicador e seguramente o mais dramático, do complexo momento económico que as empresas Portuguesas têm vindo a travessar. Na maioria dos casos a deterioração da solvência das empresas produz-se de forma progressiva pelo que a nossa expectativa é que uma inversão desta tendência no curto prazo dependerá muito das medidas que as empresas adoptarem para prevenir, entre outros, o risco de crédito. Como tal, para sobreviver à actual conjuntura será fundamental estabelecer mecanismos eficazes de gestão de crédito a clientes, capazes de detectar alterações no comportamento dos pagamentos, ainda na sua fase inicial e esse é o principal valor do Seguro de Crédito, pois pressupõe uma aposta clara na informação, na vigilância e na recuperação de créditos morosos refere Paulo Morais, Director da Crédito y Caución para Portugal e Brasil. |
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