Aumenta a influência chinesa na América do Sul

A desaceleração na América do Sul oferece ao gigante asiático oportunidades para expandir sua influência na região

Madrid - 19-dez-2018

 

 

A gradual recuperação económica na América do Sul foi severamente afetada por uma crise de confiança na Argentina e pela incerteza política no Brasil no período que antecedeu as eleições. O mais recente Economic Outlook divulgado pela Crédito y Caución prevê que 2018 seja outro ano dececionante para a maior parte dos países da região, com desaceleração do crescimento económico e aumento da inflação. O fraco desempenho da região, que irá manter-se em 2019, combinado com a moderação do apoio financeiro dos EUA, dá espaço à China para expandir a sua influência na área. 

 

 

Os investimentos da China na América do Sul triplicaram nos últimos anos, de 50.000 milhões de dólares em 2012 para mais de 150 mil milhões em 2016 e 2017. Embora este valor ainda esteja abaixo dos investimentos chineses noutras regiões emergentes, a principal seguradora de crédito na Península Ibérica alerta que essa situação poderá mudar nos próximos anos.

 

A China alargou a sua iniciativa “Nova Rota da Seda” para a América do Sul no último ano. Antígua e Barbados, Bolívia, Costa Rica, Guiana, Panamá e Trinidad e Tobago aderiram ao tratado que inclui investimentos chineses de peso. Para o Panamá, isso foi possível depois de pôr termo ao reconhecimento de Taiwan e de adotar o princípio de uma só China. Em 2018, a República Dominicana e El Salvador também romperam relações diplomáticas com a ilha.

 

A capacidade de financiamento da China, muito maior que a de Taiwan, as elevadas necessidades de investimento e a limitada disponibilidade de financiamento para muitos países latino-americanos sustentam esta mudança. Para El Salvador, mas também para outros países da América Central, reduzir a dependência financeira dos Estados Unidos, que cancelou o estatuto de proteção temporária dos seus imigrantes, poderia ter desempenhado um papel importante. Neste enquadramento, é previsível que em 2019 a China aborde as relações com outros países da região que ainda mantêm laços com Taiwan, como Belize, Haiti, Honduras, Guatemala e Nicarágua.

 

Sobre a Crédito y Caución

 

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