O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros explicou que "a atração de investimentos e a promoção das exportações são fundamentais para fortalecer a competitividade" da economia portuguesa e das suas empresas.
O Encontro Económico ao Pequeno-Almoço reuniu hoje, no Hotel Sheraton Porto & Spa, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas, num fórum de debate empresarial, onde explicou que Portugal e o resto dos países europeus se devem adequar a um ambiente global cuja regra de ouro é "todos competimos com todos".
"Portugal é um excelente hub para a África e para o Brasil e tem a capacidade de se tornar competitivo como tem feito nos últimos anos: na escolha das áreas onde pretende ser competitivo", garantiu o ex-ministro. Nesse sentido, defendeu a atração de investimentos e o desenvolvimento das exportações como fatores-chave para fortalecer a competitividade e adaptar as empresas a um mercado globalizado.
Portas assegurou que Portugal é "um destino de investimento interessante, tal como Espanha", sempre que garanta a estabilidade legal e legislativa.
"Portugal é o Estado-nação mais antigo da Europa com fronteiras estáveis, tem um gene mundial - o português é falado nos territórios da América Latina, África ou Ásia - e proporciona segurança fora do radar do terrorismo internacional". Por outro lado, indicou que há argumentos fiscais que apoiam a qualidade de Portugal para gerar investimentos, tendo em vista os seus sistemas de atrativo fiscal.
Paulo Portas alertou que, no processo de globalização, as políticas isolacionistas e as medidas protecionistas atrasam o desenvolvimento da economia de alguns países, e o risco para as empresas nesta situação é que podem ser facilmente ultrapassadas por outras em qualquer lugar do mundo. Portanto, acredita que os agentes económicos e políticos devem ser mais flexíveis para aproveitar as oportunidades da globalização.
Contextualização do novo mundo
A aparente falta de controlo dos acontecimentos que emergem da globalização e a incerteza que a caracteriza devem-se a que "o mundo tem uma nova ordem económica mundial, mas não tem uma nova ordem política", refere Paulo Portas.
"Todos nós crescemos num mundo organizado sob dois pilares: a Aliança Atlântica, ou seja, a aliança entre os Estados Unidos e a Europa; e a União Soviética e seu Pacto de Varsóvia. Esse mundo não existe atualmente, os EUA e a Europa têm maior concorrência económica entre si, e a emergência da China e da Ásia ainda não se desenvolve sob um sistema ordenado de lideranças sociais que permita ter menos surpresas", explicou o ex-ministro.
Paulo Portas destacou que tanto Portugal como a Espanha contribuíram para descobrir o mundo, então "devem ser países abertos que sabem e conhecem a enorme vantagem de navegar para outros territórios e internacionalizar".
No caso de Espanha, o ex-ministro explicou que "é uma das maiores potências económicas da Europa, apesar de ter problemas internos", e tem grande relevância na América Latina, pois "beneficia do extraordinário crescimento do espanhol como língua".
"Em alguns anos, os latinos vão representar 30% da população nos Estados Unidos, destruindo a ideia de uma América como um continente WASP - White, Anglo-Saxon and Protestant - para se tornar num país latino também. Tudo isso constitui um mar de oportunidades para as empresas espanholas no âmbito internacional", argumentou o ex-ministro.
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