Os setores do aço, automóvel, bens de consumo duradouro, construção, metalurgia, serviços ou têxtil apresentam um alto risco de incumprimento.
Em 2019, a indústria siderúrgica já apresentava um rendimento moderado, com uma redução da procura por parte de setores chave como a construção e uma crescente pressão sobre as margens. Em 2020, a situação agravou-se devido à recessão desencadeada pela pandemia. É esperado um aumento dos incumprimentos e das insolvências.
As interrupções na cadeia de fornecimento diminuíram lentamente com o levantamento das restrições. Contudo, grossistas e distribuidores de alimentos continuam a ser afetados pela deterioração da procura por parte de hotéis e restaurantes. A maioria dos negócios ainda não estão a funcionar a 100%. Prevê-se que a recuperação do setor seja lenta nos próximos meses. O valor acrescentado do setor irá crescer 1% em 2020.
As vendas de veículos de passageiros e de comerciais estão a diminuir o que deu lugar a um aumento do risco de crédito entre os concessionários. É provável que as fracas perspetivas económicas sejam um obstáculo para a vontade de compra dos consumidores. Prevê-se que o valor acrescentado do setor diminua 2,4% em 2020. No segmento de transporte, as linhas aéreas foram gravemente afetadas. Prevê-se que o valor acrescentado do transporte sofra uma contração superior a 8% este ano.
O setor retalhista viu-se gravemente afetado pelos encerramentos decretados durante a pandemia. A deterioração da situação económica, que provocará uma redução de 5,5% no consumo privado em 2020, e as restrições na atribuição de vistos turísticos constituem problemas para o setor. Prevê-se que o valor acrescentado do comércio retalhista contraia 13% em 2020. O número de incumprimentos e o fecho de negócios está a aumentar no comércio retalhista.
O moderado crescimento económico de 2019 afetou a atividade de construção residencial e comercial em 2019. As empresas enfrentaram uma concorrência feroz, margens mais estreitas e um aumento dos incumprimentos e das insolvências. A situação deteriorou-se ainda mais em consequência do coronavírus, já que a maioria dos projetos, incluindo as obras de infraestruturas públicas e de engenharia civil, foram suspensos. As elevadas taxas de infeção entre os trabalhadores estrangeiros da construção fazem com que a maioria dos casos de coronavírus notificados em Singapura se encontrem entre os trabalhadores do setor. Nessa medida, todas as obras estão a ser avaliadas em conformidade com critérios de retoma segura. Prevê-se que a queda do setor seja mais profunda e prolongada do que o previsto anteriormente, com os incumprimentos a aumentar.
Embora as TIC tenham sido afetadas por interrupções na cadeia de fornecimento e pela deterioração da procura chinesa no primeiro semestre, a produção foi gradualmente retomada. Os gastos das empresas e dos trabalhadores em bens e serviços digitais aumentaram devido ao acentuado aumento do trabalho à distância. A indústria irá beneficiar da implantação do 5G e da crescente necessidade de data centers. Além disso, para impulsionar a economia e apoiar a recuperação das empresas face ao impacto do coronavírus, a Administração anunciou que irá gastar 3,5 mil milhões de dólares de Singapura em TIC em 2020, um aumento anual de 30%, para acelerar a digitalização.
O setor cresceu 5% no primeiro semestre de 2020. Contudo, o aumento dos problemas financeiros tanto para as empresas como para os consumidores devido à recessão económica e à perda de postos de trabalho poderia provocar mais incumprimentos e condições de acesso ao crédito mais restritivas.
As perspetivas comerciais do setor foram afetadas pelo declínio das encomendas e pela redução da produção. O valor acrescentado das máquinas elétricas deverá contrair 3,5% em 2020. No entanto, o segmento de engenharia de precisão beneficiará de uma procura por semicondutores mais forte do que o esperado.
A menor procura por parte do setor da construção tem influenciado o desempenho do setor. Além disso, a produção tem sido dificultada pelas medidas de contenção e pelas interrupções na cadeia de fornecimento. O valor acrescentado do setor deverá diminuir cerca de 6% em 2020. Os incumprimentos e as insolvências devem aumentar durante os próximos meses.
A indústria do papel tem pouca importância em Singapura, já que os produtos são provenientes de outros países como a Indonésia.
As empresas do setor apresentam uma forte situação financeira, bons registos de pagamento e baixas taxas de insolvência. No entanto, a deterioração da procura dos principais setores compradores tem impacto negativo no desempenho dos produtos químicos, e o valor acrescentado do setor deve cair 3,5% em 2020. A procura por produtos farmacêuticos beneficia do aumento das despesas de saúde, levando ao aumento das exportações. O valor acrescentado do segmento deverá ultrapassar os 19% em 2020.
Alguns segmentos como hotéis, restaurantes, bares, entretenimento, eventos culturais, agências de viagens e operadores turísticos foram particularmente afetados pela pandemia. Os incumprimentos e as insolvências estão a aumentar nesses segmentos. O valor acrescentado da hotelaria e da restauração deve diminuir 26% em 2020.
Grossistas e retalhistas veem-se prejudicados por mudanças no comportamento dos clientes e pelo aumento da concorrência de novos retalhistas online. O seu desempenho deteriorou-se ainda mais devido à queda das vendas e ao fraco sentimento dos consumidores. O valor acrescentado do setor deve reduzir mais de 7% em 2020, com aumento dos incumprimentos e das insolvências entre os retalhistas.
Sobre a Crédito y Caución
Crédito y Caución é uma das marcas líderes em seguro de crédito interno e de exportação em Brasil, com uma quota de mercado de 16%. A Crédito y Caución contribui para o crescimento das empresas, protegendo-as dos riscos de incumprimento associados a vendas a crédito de bens e serviços. A marca Crédito y Caución também está presente em Espanha e no Portugal. No resto do mundo opera como Atradius. Somos um operador global de seguro de crédito presente em 50 países. A nossa actividade consolida-se no Grupo Catalana Occidente.
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