A Crédito y Caución prevê uma recuperação desigual na Zona Euro

A composição setorial dos países do Sul da Europa é mais vulnerável devido à sua maior dependência do turismo, afetado pelas restrições relacionadas com a pandemia.
 

São Paolo - 31-jan-2022

A Crédito y Caución prevê que a Zona Euro alcance um crescimento do PIB de 3,9% em 2022, 1,2 pontos abaixo do valor registado em 2021. De acordo com a análise divulgada no mais recente Economic Outlook, o ritmo de recuperação será muito desigual entre países e setores. Vários países do norte da Europa, como a Bélgica, os Países Baixos ou a Áustria, já superaram os níveis de produção anteriores à pandemia em 2021, mas no caso de Portugal e de Espanha, a maior dependência do turismo poderá levar a que esta recuperação se atrase até finais de 2022 ou princípios de 2023.

 

 

A Europa está a viver, atualmente, um aumento das infeções causadas pelas novas variantes. A evolução incerta da pandemia constitui o principal risco para o cenário base da Zona Euro. Num cenário de baixa nas perspetivas, com um endurecimento das restrições, o crescimento poderia ficar limitado a 1,4% em 2022. Neste momento, o rigor das restrições impostas para controlar a expansão da pandemia é inferior ao de 2020 e princípios de 2021 na maioria dos países, com exceção da Alemanha, Itália e França. 

 

Com a reabertura das economias a nível mundial, o crescimento das exportações da Zona Euro acelerou a partir do segundo trimestre de 2021. No entanto, esta evolução irá abrandar em 2022 devido às interrupções na cadeia de fornecimento. A Crédito y Caución prevê um crescimento das exportações da Zona Euro de 5,8% em 2022, abaixo dos 9,7% de 2021. O crescimento do consumo vai continuar a recuperar, com o esbater de parte da incerteza quanto à pandemia. Para 2022, a Crédito y Caución prevê uma forte recuperação, próxima dos 6,2%, devido à recuperação do mercado laboral e à descida da taxa de poupança.

 

A Zona Euro enfrentará subidas de preços inéditas desde os anos noventa do século passado. O forte aumento da componente energética da inflação está vinculado, em grande medida, à subida dos preços das matérias-primas energéticas como o gás natural, a eletricidade e o petróleo. Além disso, os bens industriais, afetados pelas interrupções na cadeia de fornecimento, os alimentos e os serviços também contribuíram significativamente para a taxa de inflação. A Crédito y Caución prevê que os preços da energia estabilizem gradualmente a partir do segundo semestre de 2022. 

 

Devido às medidas de estímulo público adotadas durante a pandemia, a dívida pública da Zona Euro aumentou 14 pontos em 2020 para os 97% do PIB. Embora ainda sem dados definitivos, é de esperar que estes níveis se tenham mantido em 2021 e que diminuam gradualmente a partir de 2022. A Grécia, Itália, Portugal e Espanha apresentam os níveis mais elevados e são os mais sensíveis a um possível endurecimento da política monetária. O Programa de Compras de Emergência face à Pandemia, através do qual o Banco Central Europeu comprou um total de 1,6 biliões de euros em ativos, terminará em março de 2022. Embora o Banco Central Europeu ative o antigo programa de compras para suavizar a transição, a política monetária irá endurecer ligeiramente. Quanto às taxas de juro, a Crédito y Caución prevê que a taxa de juro principal na Zona Euro se mantenha nos 0% pelo menos até final de 2023.

 

Sobre a Crédito y Caución


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