Instabilidade económica na América do Sul

O relatório da Crédito y Caución alerta para os riscos de uma provável contração do Brasil e da Argentina em 2016.
Madrid - 28-mar-2016

Escândalos de corrupção, burocracia em excesso, desigualdade social, baixo nível de escolaridade e reformas estruturais urgentes. Estes são alguns dos aspectos gerais que se repetem em muitas economias da América do Sul, segundo o último relatório divulgado pela Crédito y Caución. Os maiores riscos concentram-se na provável contração do Brasil e da Argentina.

Argentina

A alteração do Governo Argentino, em Novembro de 2015, provocou o desenvolvimento de grandes reformas, embora persista instabilidade na economia. A eliminação dos impostos à exportação de produtos agrícolas e a libertação das taxas de cambio do peso deram lugar a uma depreciação do peso superior a 30%, que proporcionou um crescimento da inflação, que pode chegar aos 35% em 2016. Contudo, também aumentou a competitividade das exportações. O novo Governo já anunciou que eliminará os subsídios com o fim de reduzir o défice. No entanto, esta ação pode prejudicar um crescimento económico já débil, assim como incrementar o conflito social. Apesar das reformas, a volatilidade da moeda, a falta de acesso aos mercados internacionais de capital, assim como as medidas para controlar a inflação e a austeridade fiscal podem conduzir, de acordo com o relatório divulgado pela Crédito y Caución, a uma contração económica a curto prazo.

Brasil

No Brasil, desde o final de 2014, que o Governo se encontra submetido a uma grande pressão social devido aos três escândalos de corrupção que debilitaram a sua capacidade para desenvolver as reformas estruturais no país. O crescimento económico do Brasil começou a ressentir-se em 2014, devido à debilidade da procura e à baixa de preços das matérias-primas. O relatório da seguradora de crédito, líder em Portugal, prevê que a contração económica no Brasil chegue aos 3% em 2016, com um agravamento do desemprego e uma inflação perto dos 7%. A contração económica em muito dificulta a consolidação fiscal. Em 2016, prevê-se que o défice alcance os 8%, levando uma dívida pública até 70% do PIB. Também o crescimento da divida corporativa entre 2007 e 2014 no Brasil é uma das mais intensas que já registaram os mercados emergentes. 

Chile

O relatório divulgado pela Crédito y Caución situa as previsões de crescimento do PIB do Chile em 2,2% em 2016. O ambiente chileno no que se refere aos negócios é um dos melhores da zona e o Governo continua a tentar estimular o investimento estrangeiro, com um sector bancário são, bem regulado e suficientemente capitalizado. Não obstante, algumas empresas estão a utilizar a depreciação da moeda e a volatilidade dos preços como pretexto para atrasar os seus pagamentos. No Chile, a economia depende em grande medida, das exportações do cobre que representam mais de 50% do total das exportações e 10% do PIB. O crescimento abrandou desde 2014, devido ao final do boom das matérias-primas e à diminuição da procura interna, que afetam o investimento e o consumo. Neste ambiente, continua o crescimento da despesa pública. As receitas não relacionadas com o cobre aumentaram na última década, pelo que tem muito potencial para diversificar a economia mediante o aumento do investimento em sectores não relacionados com o minério. A desigualdade nas receitas, o baixo nível de escolaridade e a baixa produtividade continuam a ser um obstáculo para o crescimento económico a longo prazo.

 

Sobre a Crédito y Caución

A Crédito y Caución  é um dos operadores líderes em seguro de crédito interno e de exportação. A Crédito y Caución contribui para o crescimento das empresas, há mais de 85 anos, protegendo-as dos riscos associados às vendas a crédito de bens e serviços. Desde 2008 é o operador do Atradius em Brasil, Espahna e Portugal.

Atradius é o operador global de seguros de crédito, presente em 50 países, que tem acesso a informação de crédito em mais de 200 milhões de empresas em todo o mundo. O operador global consolida a sua actividade no âmbito do Grupo Catalana Occidente.

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