A que se deve a volatilidade dos preços do petróleo?

A Crédito y Caución avisa que a volatilidade dos preços do petróleo será elevada, claramente superior ao previsto, devido à incerteza geopolítica e à queda das reservas.

Madrid - 24-jun-2019

O preço do petróleo está sujeito a um nível elevado e crescente de volatilidade. Com base na evolução da procura, o mais recente relatório da Crédito y Caución prevê que o preço do petróleo deverá situar-se, em 2019 e 2020, na faixa dos 70 a 80 dólares e ultrapassar os 88 em 2025. "A tendência subjacente é de subida dos preços devido ao aumento na procura de energia, na medida em que as economias emergentes continuem o seu desenvolvimento. Mesmo que se apostasse numa transformação energética agressiva que estimulasse uma maior eficiência energética e o fornecimento de recursos renováveis, a procura de petróleo aumentaria", explica o relatório.

 


No entanto, a Crédito y Caución adverte que a volatilidade dos preços do crude será elevada, claramente superior ao anteriormente previsto. "O mercado caracterizou-se durante muito tempo pela baixa elasticidade dos preços, tanto do lado da procura, como do lado da oferta, mas isso pode estar a mudar. Isto é especialmente verdade no que diz respeito à oferta", explica o relatório. O papel crescente dos produtores de petróleo de xisto está a modificar a capacidade da OPEP para fixar os preços mundiais através de restrições de produção. Isto implica que os preços deveriam ser mais estáveis. "No entanto, não o são", refere o relatório. 


O relatório da seguradora de crédito cita dois elementos que desempenham um papel nesta volatilidade. Em primeiro lugar, o ambiente geopolítico tornou-se mais incerto desde que a Administração norte-americana optou pela abordagem 'America First'. Em segundo lugar, o mercado petrolífero reduziu significativamente as suas reservas. Anteriormente, a OPEP tentou expulsar do mercado os produtores de xisto norte-americanos, baixando os preços e empurrando as reservas para níveis recorde. Agora, a restrição de produção da OPEP e da Rússia, além das interrupções na oferta por parte da Venezuela, Líbia e Angola, reduziram as reservas para 2.800 milhões de barris, muito abaixo do máximo de 3.100 milhões de barris alcançado em 2016. "O mercado enfrenta uma maior incerteza geopolítica, além de ter menos reservas para acomodar este aumento de incerteza. Daí a maior volatilidade dos preços", explica o relatório.


Sobre a Crédito y Caución


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