A recuperação económica ganha um novo impulso em Espanha

O estudo nacional sobre Espanha divulgado pela Crédito y Caución mostra um crescimento sólido, sustentável e mais intenso do que outros mercados periféricos da zona euro.
Analisis Credito y Caución
Madrid - 08-out-2014

Após dois anos de contração, os últimos indicadores de atividade indicam que a recuperação económica de Espanha ganhou um novo impulso. O estudo nacional sobre Espanha, divulgado aos segurados da Crédito y Caución em 50 países, mostra um rendimento económico resistente e sustentável e uma recuperação mais intensa do que a registada em outros mercados periféricos da zona euro.

A economia espanhola já assinala quatro trimestres seguidos de crescimento e no segundo trimestre de 2014, o PIB registou o maior aumento trimestral desde o primeiro trimestre de 2007. O aumento da procura externa e a maior confiança empresarial estimularam o investimento das empresas, ao mesmo tempo que a recuperação do mercado laboral e a procura latente de bens de consumo duráveis aumentaram o consumo privado. Os componentes privados da procura interna, essencialmente consumo e investimentos, têm sido o pilar de crescimento do PIB neste ano de 2014 e espera-se que a sua solidez se mantenha no segundo semestre do ano.

O crescimento mostra um impacto positivo no mercado laboral. O desemprego registou a sua maior queda desde 2006. No entanto, ainda existem alguns problemas significativos no mercado laboral espanhol: 15% da população ativa permaneceu desempregada durante mais de um ano e o desemprego juvenil continua elevado, nos 55%. É esperado que o desemprego não baixe dos 20% durante, pelo menos, mais quatro anos.

Atualmente toda a zona euro enfrenta uma redução da inflação, o que inquieta alguns dos seus Estados-Membros, como Espanha, onde a inflação caiu abaixo de zero em 2014. As medidas anunciadas pelo Banco Central Europeu e a crescente procura interna deverão conduzir ao aumento de preços de consumo até 0,9% em 2015.

A competitividade internacional de Espanha está a melhorar e o setor exportador é relativamente sólido e competitivo. 2007 foi o único ano recente em que a contribuição das exportações líquidas para o PIB foi negativa. A comparação baseada na taxa de câmbio efetiva real, que mede a competitividade internacional de um país quando há alterações nos custos e preços, demonstra que ainda existe uma margem de manobra significativa para melhorar. Em 2013, a balança de transações correntes registou o seu primeiro excedente orçamental desde 1986 e em 2014 espera-se que essa situação se repita, reflexo de melhorias estruturais na competitividade internacional. Espanha registou um rendimento sólido nas exportações em 2013, oferecendo uma combinação favorável de produtos e diversificando os mercados de exportação. Ainda que a França e a Alemanha continuem a ser os principais destinos de exportação, a Espanha aumentou os envios a mercados emergentes em África, América Latina e Médio-Oriente. Além disso, os investimentos estrangeiros diretos melhoraram e atualmente encontram-se em boas condições.

Apesar das melhorias significativas na conta corrente, a dívida externa líquida espanhola torna-o num dos países com mais dívida na zona euro. Contudo, é esperado que esta percentagem diminua nos próximos anos.

O Programa de Assistência ao Setor Financeiro apoiado pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade foi concluído com êxito em Janeiro de 2014. Como sinal fundamental da recuperação do setor, a dependência dos bancos espanhóis do financiamento do BCE foi reduzida para metade. Pela primeira vez desde o início da crise económica, os bancos espanhóis viram reduzir a proporção de créditos incobráveis. Contudo, ainda se mantêm algumas fraquezas. A concessão de créditos continua a sofrer um decréscimo devido à baixa procura de crédito, ao elevado risco de incumprimento e ao financiamento do setor privado.

As falências empresariais refletiram as condições económicas desde 2008, com sólidos aumentos ano-a-ano de 100% em 2008 e de 50% em 2009. Após um declínio ano-a-ano em 2010, as falências aumentaram novamente em 2011, 2012 e 2013, devido principalmente à queda da procura interna e à elevada pressão global sobre a liquidez das empresas, pelas opções limitadas de financiamento externo. Com a recuperação económica, as insolvências estão a diminuir em 2014, ainda que se mantenham num nível elevado, longe dos níveis anteriores a 2008.

 

Sobre a Crédito y Caución

A Crédito y Caución  é um dos operadores líderes em seguro de crédito interno e de exportação em Portugal, com uma quota de mercado de 23%. A Crédito y Caución contribui para o crescimento das empresas, há mais de 85 anos, protegendo-as dos riscos associados às vendas a crédito de bens e serviços. Desde 2008 é o operador do Atradius em Portugal, Espanha e Brasil.

Atradius é o operador global de seguros de crédito, presente em 50 países, que tem acesso a informação de crédito em mais de 100 milhões de empresas em todo o mundo. O operador global consolida a sua actividade no âmbito do Grupo Catalana Occidente.

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